As crianças encontradas mortas em um motel de Itabira, na região Central de Minas Gerais, faleceram por asfixia. O resultado consta no laudo da necropsia, conforme informou a Polícia Civil (PC) nesta segunda-feira (12). A corporação disse também que a mãe das crianças,  Ana Flávia Marques Teixeira, morreu asfixiada por enforcamento. A mulher teria cometido o duplo homicídio e depois se matado no domingo (11).   Segundo o laudo, Anna Sofia Marques Teixeira, de 10 meses, e Maria Fernanda Marques Teixeira Batista, de 4 anos, não foram esganadas e não possuem marcas no pescoço que indiquem o enforcamento. A PC acredita que a Ana Flávia teria usado um objeto macio, como travesseiro, para asfixiar as filhas.   A mulher estava enforcada e pendurada em um suporte de toalha. No quarto, os peritos acharam uma seringa, mas sem agulha. A perícia também encontrou no carro da suspeita um vidro do medicamento Clonazepam (calmante), de solução oral. Um exame toxicológico foi pedido com o intuito de descobrir se Ana Flávia injetou o medicamento nas crianças.   Motivação A tragédia foi descoberta após funcionários do motel chamarem pela vítima no quarto. Como a mulher não atendeu ao chamado, a chave reserva foi usada para abrir o espaço. Lá, eles encontraram os corpos e acionaram a Polícia Militar.   No quarto do estabelecimento, além das vítimas, peritos encontram um bilhete com os dizeres: "Meu ex-marido acabou com minha vida e das minhas filhas". Ana Flávia gravou ainda um áudio, que foi enviado para uma amiga pelo WhatsApp. A Polícia Civil não divulgou o conteúdo do áudio, mas afirmou que é parecido com os dizeres do bilhete.   A motivação do crime está sendo investigada pela PC, porém, as apurações indicam que a mulher havia se separado recentemente e perdido a guarda da filha mais nova. Desde dezembro, ela estava desaparecida com as crianças. Por isso, a polícia acredita em crime passional.   Consta no Boletim de Ocorrência que Ana Flávia deu entrada no motel, que fica no bairro Ribeira de Cima, por volta das 3 horas de domingo. Ela teria pedido uma caipivodka, um suco, um espetinho e um banho de espuma. A mulher solicitou, ainda, para ser chamada às 16 horas.   No horário pedido, funcionários do motel foram até o quarto, mas ela não atendeu aos chamados. Por debaixo da porta os funcionários viram um pé roxo. Ao entrar no quarto, as crianças estavam sem vida sobre a cama e Ana Flávia estava enforcada e pendurada em um suporte de toalha.   O caso é investigado pelo delegado Juliano Alencar, da Delegacia de Homicídios de Itabira.

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