Criminosos incendeiam ônibus e deixam carta exigindo melhores condições em penitenciária; veja vídeo

Daniele Franco
19/12/2018 às 08:54.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:38
 (Divulgação/Transcon)

(Divulgação/Transcon)

Um novo caso de ônibus incendiado foi registrado na Região Metropolitana de Belo Horizonte na madrugada desta quarta-feira (19). Segundo a Polícia Militar, os criminosos atacaram o coletivo na Via Expressa de Betim pouco depois da meia-noite. Ninguém ficou ferido e, segundo um bilhete entregue ao motorista do coletivo, o incêndio foi um protesto contra o tratamento a visitas na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na RMBH.

De acordo com o boletim de ocorrência, o motorista contou aos militares que quatro homens com camisas amarradas tampando os rostos embarcaram por volta das 23h50 no coletivo, que faz a linha 415 (Granja Verde/Centro). Três deles pularam a catraca e começaram a espalhar combustível pelo veículo, enquanto o outro ficou ao lado do motorista ordenando que ele dirigisse em direção à Via Expressa.

Os criminosos, então, ordenaram ao motorista que descesse do ônibus e entregaram o bilhete a ele. Eles atearam fogo no veículo na altura do bairro Capelinha, que fica no limite entre Contagem e Betim, e fugiram a pé em direção ao bairro Bernardo Monteiro.

O Corpo de Bombeiros atuou na ocorrência e a Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem (Transcon) recolheu o veículo.

Reivindicação

A carta entregue ao motorista, duas folhas de caderno com textos escritos na frente e no verso, está sob análise pela Polícia Civil, que recolheu o material no momento em que atendeu a ocorrência.

Na carta, que foi assinada por detentos da penitenciária Nelson Hungria, os suspeitos reivindicam tratamento adequado aos visitantes do presídio. "Hoje estamos pondo fogo nos ônibus e se este final de semana não melhorar nós já vamos avisar a próxima não vai ser queimar os ônibus mais sim vamos começar a tentar contra a vida dos agentes penitenciários da Nelson Hungria (sic)", avisa o bilhete.

A Secretaria de Administração Prisional de Minas Gerais (Seap), que administra o presídio, foi procurada para comentar o caso e afirmou que as reclamações sobre a conduta dos agentes públicos devem ser feitas através da Ouvidoria Geral do Estado através do telefone 162. "Todas as denúncias provenientes da Ouvidoria encaminhadas à Seap são devidamente apuradas nos termos da lei", diz trecho da nota enviada.

Confira a íntegra do material entregue ao motorista:Reprodução / N/A

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