Neste fim de semana é celebrado o Dia Nacional da Mamografia, que busca conscientizar e alertar as mulheres sobre a necessidade do exame que pode ajudar a prevenir câncer de mama. A data é importante, já que apenas 24% das mulheres de 50 a 69 anos atendidas pelo SUS em Minas compareceram a um posto médico para realizar mamografia em 2021.

Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) apontam que, das 906.329 mulheres atendidas na rede pública estadual que deveriam fazer o exame preventivo, apenas 221.687 (24%) compareceram. O percentual está muito distante dos 70% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para a mastologista Romana Saliba, do grupo Mira Centro Médico, de Belo Horizonte, a pandemia é, indiscutivelmente, o principal responsável pela baixa procura, que perdura até hoje, já que nos últimos três anos, o foco do atendimento dos serviços públicos de saúde foram os pacientes com Covid-19. Isso acabou afastando as mulheres da realização dos exames de rotina.

"Hoje, felizmente, elas já estão retornando para os consultórios. Prova disso é que, em 2022, o SUS realizou, em todo o Brasil, 3.246.960 mamografias, bem acima do registrado em 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, quando apenas 1.868.352 de mulheres se submeteram ao exame na rede pública", disse a médica.

Ainda de acordo com a especialista, é errado pensar que apenas o autoexame ajuda na detecção do câncer de mama, o tipo de tumor que mais afeta mulheres em todo o mundo. "Ele, na verdade, ajuda a mulher a se conhecer, se tocar e ter percepção do corpo, inclusive, para entender a importância de se cuidar. Mas não é capaz de fazer uma detecção adequada de um nódulo. A mamografia é o caminho para a descoberta mais assertiva”.

Recomendada a cada dois anos pelo Ministério da Saúde, para mulheres de 50 a 69 anos, a mamografia é um exame radiológico no qual as mamas sofrem uma leve compressão do aparelho, ajudando na captação de imagens de possíveis alterações na estrutura dos seios.

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