O prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), afirmou ao chegar na capital nesta quarta-feira (18), que não tinha conhecimento de um possível conflito entre Israel e Irã antes de embarcar para o país a convite do governo israelense, ao contrário do que foi publicado pelo Itamaraty.
“A nossa ida a Israel a convite do governo de Israel era uma viagem que estava programada há um mês. Ninguém estava lá a passeio.Infelizmente chegamos no país em uma situação, quando veio a informação que ele estava entrando em guerra. Em nenhum momento chegou a informação que ele entraria em guerra”, disse o prefeito.
Damião disse que não recebeu ligações do órgão e ainda subiu ao tom contra o Ministério das Relações Exteriores do Brasil cobrando que busque alternativas para auxiliar os brasileiros que seguem em Israel em meio ao conflito.
“Do Itamaraty eu não tenho nada para falar porque nunca recebi uma ligação. Eu recebi da Gleise Hoffmann, do Rodrigo Pacheco e do Carlos Vianna. Sobre o Itamaraty dou um conselho para eles: resolvam rapidamente o problema das pessoas que estão lá”, falou Álvaro.
O prefeito de BH chegou ao Aeroporto de Confins ao lado da vice-prefeita de Divinópolis, Janete Aparecida. Eles estiveram no comboio que deixou o solo israelense em um jato particular do filho do prefeito de João Pessoa, o deputado federal Mersinho Lucena.
Desde a última sexta-feira (13), quando os ataques de Israel a Irã começaram, Damião viveu um cenário de guerra. Quando havia risco de um contra-ataque, uma sirene tocava na cidade e todos eram obrigados a se dirigir a um bunker. Pelas redes sociais, o político mostrou detalhes do local e contou sobre o momento tenso que viveu. Em um deles, ocorrido nesse domingo, Álvaro só pôde deixar o abrigo por volta de 3h15 (horário local).
A saída de Israel da comitiva brasileira foi realizada através da fronteira com a Jordânia. A informação foi confirmada pela Frente Parlamentar Brasil-Israel. A operação de resgate, que começou às 13h (horário de Israel, 7h no Brasil), conseguiu resgatar 12 pessoas que "se dispuseram a correr o risco da travessia".
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