Mariana

Danos de possível rompimento de estruturas em mina seriam 'irrelevantes', diz Vale

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
14/11/2023 às 17:15.
Atualizado em 14/11/2023 às 18:09
 (ANM / Divulgação)

(ANM / Divulgação)

Interditada após problemas estruturais, a Pilha de Estéril (PDE) na Mina de Fábrica Nova, em Mariana, na região Central de Minas, provocaria impactos “irrelevantes” em caso de rompimento, de acordo com a mineradora Vale.

De acordo com uma nota publicada pela empresa, um estudo preliminar apontou que não há risco iminente de ruptura da pilha ou mesmo do dique abaixo da estrutura. Mas o documento também revela que em caso de “ruptura hipotética da pilha, técnicos da Vale entendem que os impactos de uma eventual ruptura considerando essa condição de falha são irrelevantes".

Durante coletiva nesta terça-feira (14), a Defesa Civil de Mariana também entendeu que não há necessidade de evacuação do local. “Ao final da vistoria e análise dos documentos, um estudo preliminar da empresa Vale, nos foi garantido que em caso de movimentação de massa na pilha, o impacto dela não seria significante na comunidade. Por isso, optamos em não tomar medidas emergenciais mais energéticas”, informou o subsecretário de Defesa Civil de Mariana, Welbert Stopa.

O funcionário público de Mariana também informou que a Vale se comprometeu em apresentar, até o final desta terça, um estudo que comprove todas as afirmações deste estudo preliminar.

entrou em contato com a Vale e aguarda retorno

Entenda

Problemas de estabilidade colocam em xeque a segurança em três estruturas da Mina da Fábrica Nova, da Vale, em Mariana. A interdição foi feita na sexta-feira (10) pela Agência Nacional de Mineração (ANM), mas só veio à tona nesta segunda (13). Estão em análise as atividades de disposição de estéril nas pilhas PDE Permanente I, PDE Permanente II e PDE União Vertente Santa Rita.

Em 2015, Mariana foi palco da maior tragédia socioambiental do país, com o rompimento da barragem de Fundão, que atingiu o distrito de Bento Rodrigues. Dezenove pessoas morreram. Os rejeitos também atingiram a bacia do Rio Doce, devastando o curso d'água e provocando estrago em outras cidades mineiras e capixabas.Leia mais:
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