Defensoria Pública recebe denúncias de advogados que querem lucrar com tragédia

Juliana Baeta
29/01/2019 às 11:15.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:17
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

Em três dias, o chefe da Defensoria Pública de Minas Gerais, Diego de Oliveira Silva, recebeu pelo menos 10 denúncias de advogados que estariam abordando as vítimas do rompimento da barragem indevidamente para lucrar em cima da tragédia.

São advogados que se apresentam como voluntários ou dativos e dizem que os honorários não serão pagos pela vítima, mas por entidades públicas, por exemplo, e acabam cobrando o pagamento durante o processo.

“Não se trata de criminalizar a advocacia privada, mas de alertar a população para isso. O advogado tem todo o direito de cobrar pelo serviço, mas isso tem que ser claro para o cliente. Lembrando que a Defensoria Pública oferece os mesmos serviços de forma gratuita para quem não pode arcar com os custos de advocacia”, esclarece.

As denúncias recebidas por ele dão conta de que alguns advogados que tentaram se aproveitar das vítimas em situação de vulnerabilidade são do Estado de Goiás e de São Paulo. “Portanto, já é um sinal de alerta”, conclui. 

Quem receber este tipo de abordagem deve denunciar à Defensoria Pública de Minas Gerais, ao Ministério Público do Estado ou à Ordem dos Advogados do Brasil.

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