
A irmã da jovem de 22 anos que foi estuprada na madrugada de domingo (30) após um show de pagode no Mineirão disse que o motorista de aplicativo deve ser também responsabilizado pelo crime. Segundo ela, o condutor deveria pelo menos ter entrado em contato com o rapaz que fez a chamada e dito que ninguém atendeu e ela estava desacordada.
"Ele a deixou como um saco de lixo e foi embora. O estuprador foi quem cometeu o ato, mas a minha irmã só foi estuprada porque ele colocou ela lá", afirmou Kelly Júnia Rodriguez durante entrevista ao programa Encontro, da Globo, na manhã desta terça-feira (1º).
Câmeras de segurança flagraram o momento em que o motorista de aplicativo, auxiliado por um motociclista que passava no local, tira a garota do carro e a deixa na calçada do bairro Santo André, na região Noroeste de Belo Horizonte. Momentos depois, o suspeito de estuprá-la aparece carregando-a nas costas.
Nesta terça, a Justiça ira decidir, durante audiência de custódia, se suspeito do crime irá continuar preso ou responder ao processo em liberdade.
Vítima viveu em hospital
Durante a entrevista, Kelly, que estava acompanhada do marido Diego, contou que a irmã vivia no hospital até os 12 anos, e quando melhora, aconteceu essa tragédia. "A gente não consegue viver. Não sabemos o que ela tá sentindo. Minha irmã foi muito doente, viveu no hospital a vida inteira, se alimentava por sonda, e quando melhora e decide sair para passear, aparece alguém e faz o que fez", lamentou.
Em nota, a 99, empresa de corridas de aplicativo, informou que lamenta o ocorrido e que fez o bloqueio preventivo do motorista e "que aguarda que a polícia esclareça fatos e responsabilidades", e que está à disposição para colaborar com a investigação.
Já a Polícia Civil afirmou que foi efetivada a prisão em flagrante do homem de 47 anos por estupro de vulnerável. O suspeito foi encaminhado para o sistema prisional e tem audiência de custódia marcada para o fim da tarde de hoje. Sobre o motorista de aplicativo, a instituição explicou que “a investigação prossegue para completo esclarecimento dos fatos pela equipe da Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual em BH.”