Em uma prova de que a realidade pode superar o enredo de um filme de horror, a Polícia Civil confirmou, nesta quinta-feira (14), que a adolescente Fabíola Santos Correa, de 12 anos, foi morta com golpes de uma barra de ferro e teve o coração arrancado e um dedo do pé esquerdo decepado por duas amigas, também adolescentes de 13 e 14 anos.
O crime chocou os moradores do bairro Imperador, periferia de São Joaquim de Bicas, na Grande Belo Horizonte, e foi desvendado pelo delegado Enrique Solla e equipe da 3ª Delegacia da Polícia Civil da cidade. Nesta quinta, delegado revelou detalhes macabros do crime, segundo ele, o mais chocante de sua carreira policial.
Solla revelou que as duas adolescentes se tornaram as principais suspeitas depois que a mãe de Fabíola contou à polícia que a filha saiu com as duas colegas em 26 de maio e desapareceu.
Segundo o delegado, no último dia 7, um lavrador encontrou o corpo de Fabíola já em adiantado estado de decomposição no interior da Mata do Japonês, na periferia de São Joaquim de Bicas. O corpo tinha sinais de esmagamento e uma grande abertura no peito.
Ainda conforme o delegado, as três adolescentes teriam envolvimento com rapazes suspeitos de tráfico de drogas na cidade. Uma delas foi apreendida no dia 12 passado, quando confessou o crime e a outra foi detida no dia seguinte.
Segundo Sollas, durante o depoimento, as duas meninas riam. Não demonstravam remorso e pareciam não ter consciência da gravidade do caso. [/TEXTO]Elas estão acauteladas no Centro São Jerônimo, em Belo Horizonte, onde deverão ficar por três anos.
“Elas alegaram que estavam sendo ameaçadas e temiam que Fabíola pudesse passar informações para traficantes rivais, caso fosse sequestrada por eles. Mas as investigações continuam”, disse o delegado.
Solla informou que, por volta das 14h do dia 27, as duas adolescentes assassinas atraíram a amiga para a mata sob alegação de assistirem a um jogo de futebol. No local, uma delas deu uma gravata e ameaçou Fabíola com uma faca, quando ela se debateu e se cortou gravemente. Ao verem Fabíola sangrando, as duas acabaram aplicando golpes de barra de ferro na adolescente.
Depois, arrancaram o coração e um dedo do pé esquerdo da vítima. A ideia era levar os restos mortais e mostrar para as mães, alegando que elas estavam sob ameaça e haviam matado um traficante. Um menino de 8 anos chegou a enterrar as partes do corpo, que depois foram jogados no rio Paraopeba.