VIDAS PERDIDAS

Dengue mata mais em 3 meses que nos últimos 3 anos juntos em BH

Capital enfrenta epidemia da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti

Renato Fonseca
rfonseca@hojeemdia.com.br
Publicado em 09/03/2024 às 08:00.

Dezesseis pessoas já perderam a vida após contrair dengue em 2024 na capital mineira. Em menos de três meses, o número de mortes já supera todos os óbitos provocados pela doença nos últimos três anos em BH: foram dez no ano passado, um no anterior e nenhum em 2021. A cidade enfrenta uma epidemia da enfermidade transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. 

Os dados foram atualizados nessa sexta-feira (8) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). Em uma semana, os casos de dengue saltaram 30%, passando de 8,8 mil para 11,4 mil. No entanto, as notificações ainda devem aumentar na capital. A PBH informou que 48 mil notificações estão pendentes de resultados de exames.

Diante da epidemia que promete ser a maior já enfrentada na história de Belo Horizonte, ações de assistência têm sido adotadas para desafogar os serviços de saúde. Conforme o Hoje em Dia mostrou, moradores com sintomas da doença reclamaram da espera por atendimento.

A prefeitura reforçou as equipes de saúde e abriu três hospitais, sendo dois temporários e um de campanha. Esse último na UPA Norte (avenida Risoleta Neves, 2580), com capacidade para atender até 300 pessoas com sintomas de dengue, chikungunya ou zika por dia. O local escolhido levou em conta o número de casos da doença na região. 

Nesta semana, foi instalado um hospital temporário nas dependências do antigo Hospital Santana (rua Santa Cruz, 137, no Alto Barroca). A estrutura conta com cinco consultórios e 40 leitos. Lá, são 200 atendimentos a cada 24 horas. 

Venda Nova também conta com um hospital temporário (na rua Padre Pedro Pinto, 173), que começou a funcionar em fevereiro. Em todas as unidades, a assistência é de forma espontânea, sem a necessidade de marcação de horário. 

Larva do mosquito transmissor da dengue é analisada em detalhes no laboratório da vigilância ambiental (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Larva do mosquito transmissor da dengue é analisada em detalhes no laboratório da vigilância ambiental (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Sábado e domingo
Neste fim de semana, 16 centros de saúde ficam abertos para atendimento de pessoas com sintomas de dengue, chikungunya e zika. Destes, nove oferecem a vacina para o público de 10 a 14 anos.

Das 16 unidades, 15 funcionarão com horário ampliado, de 7h às 22h – o Centro de Saúde São Francisco, na Pampulha, vai fechar mais cedo, às 19h. 

Para a vacinação com a Qdenga, os nove centros de saúde – um por regional – ficarão abertos de 8h às 17h. Clique aqui e veja os endereços

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