
Com a nova ameaça sofrida pela deputada estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa de Minas, Andreia de Jesus, o Ministério Público enviou ao presidente da Casa, Agostinho Patrus (PV), e à Polícia Militar, um ofício solicitando a manutenção da escolta da parlamentar.
Os documentos foram emitidos após o MPMG entender que as investigações relativas às primeiras ameaças sofridas por Andreia não foram concluídas. Além disso, o ministério afirmou que a retirada da proteção policial foi precipitada considerando, ainda, que existem 27 investigações de injúria racial e crimes contra a honra, em que a deputada é vítima.
Em suas redes sociais, Andreia de Jesus contou que, nesta semana, recebeu novas ameaças de morte e que todas elas seguem um padrão: “grupos masculinistas e supremacistas brancos que se organizam na deep web”. Ela afirmou que não pretende naturalizar os ataques e que é “exaustivo” ter que repetir que, como cidadã, o Estado tem que garantir a sua vida.
“Quero negritar que não me calarei! Vou levar adiante e pedir investigação de qualquer ameaça ou crime de injúria contra mim. Faço isso pela minha segurança e de minha família, mas também para defender que esse lugar que ocupo agora, tão carente da perspectiva de gênero e racial, precisa ser possível e seguro para nós, mulheres negras”, escreveu a deputada.