
As obras para a despoluição da Lagoa da Pampulha devem demorar cinco anos para serem finalizadas. A estimativa é das prefeituras de Belo Horizonte e Contagem e a Copasa. O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (7), durante assinatura do convênio entre os órgãos.
Conforme o procurador geral de BH, Caio Perona, o convênio será enviado para a Justiça Federal para que seja feita a homologação. O documento, de cerca de 1 mil páginas, detalha todas as obras que serão feitas e o cronograma completo de ação.
Ao todo, serão 9.759 ligações de esgoto para impedir que haja mais depejos de dejetos na bacia hidrográfica da lagoa. Dessas, 700 já começaram a ser feitas. De acordo com o presidente da Copasa, Guilherme Duarte, serão investidos R$ 150 milhões durante a ação.
Para realizar as ligações, serão cerca de 800 obras durante o processo de despoluição. Estima-se um impacto positivo para cerca de 10 mil imóveis e 30 mil pessoas após as ações.
Para o prefeito de BH, Fuad Noman (PSD), a projeto está começando em uma boa hora. "Nas últimas semanas nós vimos uma jacaré fêmea com onze filhotes, tomando sol, e mostrando a sua cara ali. Ontem, uma pessoa pescou um peixe enorme. Essas coisas são um chamamento da natureza, para que a despoluição comece", afirmou.
Ainda conforme a PBH e a Copasa, os trabalhos de despoluição acontecem há 20 anos. No entanto, as ações sempre estiveram voltadas à orla e limpeza do espelho d'água. As novas obras terão caráter estrutural e envolvem a prefeitura de Contagem.
A prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), acredita que as novas obras terão êxito pois atingem a fonte do problema, ou seja, o desepejo de esgoto. "Espero que, até os 100 anos da Lagoa, a gente não só tenha executado os planos de despoluição mas também que possamos monitorar toda a bacia", diz. A Lagoa da Pampulha completa o centenário em 2030.