Dia do Patrimônio Histórico é comemorado na Praça da Liberdade

Lady Campos - Do Hoje em Dia
18/08/2012 às 18:10.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:34
 (Flávio Tavares)

(Flávio Tavares)

A alameda das palmeiras, decorada com tapetes de serragem, foi a primeira pista que que a Praça da Liberdade se transformasse, neste sábado (18), em QG de tradições mineiras em comemoração do Dia do Patrimônio Histórico. O espaço, para homenagear a riqueza material e imaterial do estado, reuniu famílias, grupos de amigos e atraiu a atenção de quem passou pelo local, como os estudantes Germana Fajardo, de 29 anos, e Diego Rocha, de 25, que apreciaram o colorido e os desenhos dos 11 tapetes confeccionados por crianças, jovens e adultos da Fundação de arte de Ouro Preto (Faop).

O casal de estudantes posou para fotos diante de um grande painel de espelho, estrategicamente montado perto do coreto e com os dizeres “conheça o maior patrimônio: você!”. “A ideia é original e de, alguma forma, dá a sensação de orgulho, de falar que o melhor é você”, disse Germana, que há um ano deixou a Nicarágua para fazer mestrado em Saneamento na UFMG.

As sombras da alameda Travessia serviram de inspiração para que desenhos de flores, pássaros e outros motivos que homenageiam o patrimônio mineiro fossem batizadas de “Árvore da Vida”. “São tapetes feitos com serragem tingida, casca de arroz e gesso em pó, consideradas arte e não de caráter devocional (que adornam as ruas em dia de Procissão da Ressurreição). A simbologia das árvores da praça foi representada pela raiz, que lembra o passado, o caule, que sustenta o presente, e a copa que aponta para o futuro e busca a preservação”, sugeriu a diretora da Escola de Arte Rodrigo Mello Franco de Andrade, Gabriela Rangel.

O rico patrimônio histórico e cultural, constituído por aproximadamente 4 mil exemplares protegidos, foi apresentado à população em cada cantinho da praça e também em seus arredores. Museus e espaços culturais foram abertos gratuitamente para a população. Próximo do Espaço Tim do Conhecimento, um tear centenário, recuperado de uma fazenda demolida, virou centro das atenções na praça. Manipulado pelo artesão Luís Cláudio dos Reis, o instrumento instigou a curiosidade dos visitantes, que interagiram com a engenhoca e apreciaram colchas, tapetes, passadeiras e toalhas de mesa fabricadas artesanalmente em Resende Costa, município de 10 mil habitantes e com tradição no tear.

O encontro, que pela primeira vez foi comemorado na praça, contou com a apresentação de grupos musicais como a Banda Jovem de Contagem, a Sociedade Musical Santa Cecília, de Passagem de Mariana, a Sociedade Musical Bom Jesus das Flores, de Ouro Preto, o Coral do BDMG, o grupo Vozes da Globo Minas e a Banda Lira São Sebastião, do distrito Jacarandira, zona rural de Resende Costa. Formada em sua maioria por trabalhadores rurais e artesãos, o grupo encantou o público com repertório pontuado por músicas como Luar do Sertão, Chalana, Menino da Porteira, entre outras do cancioneiro popular. “Lembrei-me do interior e de como é prazeroso estar aqui e viajar nas canções”, comentou a comerciante Maria José de Oliveira, que sentou-se em um banco da praça junto de sua poodle Clara para curtir a boa música.

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