Disque-Denúncia leva à prisão de vendedor de linhas chilenas e cerol em BH

José Vítor Camilo
08/08/2019 às 21:35.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:55
 (PC / DIVULGAÇÃO)

(PC / DIVULGAÇÃO)

Uma semana após o início da campanha "Linha Segura", , que visa estimular a população a denunciar o uso e comércio de linhas cortantes, a Polícia Civil (PC) recebeu informações, por meio do Disque-Denúncia (181), que levaram à prisão de um homem em Belo Horizonte que vendia linhas chilenas e pó de vidro, utilizado na produção do cerol, na manhã de quinta-feira (8). 

As ligações recebidas pela corporação levaram até o suspeito, de 36 anos, que era responsável por um dos locais onde o material ilícito vinha sendo comercializado na capital. A PC não informou em qual bairro o estabelecimento estava localizado.  

O homem foi preso em flagrante por crime ambiental, já que possuía depósito para venda de produto nocivo à saúde humana. Na loja, foram apreendidas várias carretilhas com linhas chilenas e sacos de um pó branco (possivelmente de vidro), que seria usado para a fabricação da linha de cerol. 

Batizada de "Bogas", a operação homenageia o subinspetor Agostinho de Araújo Bogas Neto, que morreu no fim de julho em um acidente de trânsito, e que integrava o quadro da 4ª Delegacia de Venda Nova, que realizou a prisão. 

A campanha

Lançada no dia 1º de agosto deste ano, a campanha "Linha Segura" salienta que a principal medida para evitar tragédias é a denúncia do uso ou comércio destas linhas cortantes, que pode ser feita de forma anônima pelo telefone 181, o Disque-Denúncia. A campanha contou com a participação do garoto Gabriel Lucas, de 15 anos, que perdeu uma das pernas para esta "arma". Confira: 

Até o último dia de julho deste ano, antes mesmo do início da temporada de ventos – que vai de agosto a novembro –, o Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, na capital mineira, já tinha atendido 23 vítimas de ferimentos provocados por cerol ou linha chilena. Além disso, casos graves também foram registrados no Estado. Uma criança de Visconde do Rio Branco, na Zona de Mata, e um adolescente de Betim, na Grande BH, tiveram uma das pernas amputadas.

Desde 2002, a utilização e a venda das linhas cortantes são proibidas por lei. Quem for flagrado cometendo a irregularidade está sujeito a multas que variam de R$ 100 a R$ 1.500. Se o uso resultar em prejuízos patrimoniais, ferimentos ou morte, o infrator pode parar atrás das grades.

Para denunciar, além do telefone 181, as denúncias também podem ser feitas pelo 190 da PM. “A pessoa pode, inclusive, acenar para uma viatura e mostrar o local. Mas, se não quiser se identificar por medo, por conhecer o denunciado ou qualquer outra razão, o 181 é a melhor opção”, explica o major da Polícia Militar Flávio Santiago.

Especificamente em BH, outro meio de denúncia é o telefone da Guarda Municipal, o 153. 

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