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Operação Falsa Frequência

DJ influencer é preso por liderar esquema de golpe de WhatsApp em Minas

Operação 'Falsa Frequência' desarticula grupo interestadual de clonagem e estelionato eletrônico

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 22/10/2025 às 10:00.Atualizado em 22/10/2025 às 10:49.

Um DJ de 22 anos, que se apresentava nas redes sociais como influenciador digital, foi preso nesta quarta-feira (22), suspeito de liderar um esquema de golpes por meio da clonagem de WhatsApp. O suspeito, que acumulava mais de 20 mil seguidores no Instagram, teria feito vítimas em Minas Gerais e foi detido em uma operação conjunta das Polícias Civis de Minas Gerais (PCMG) e de Goiás (PCGO) nos municípios de Goiânia e Trindade.

As investigações, batizadas de Operação Falsa Frequência, tiveram início após o golpe de clonagem de WhatsApp ocorrido em maio de 2022, que vitimou uma moradora de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas. A vítima foi induzida a transferir mais de R$ 4 mil a criminosos, acreditando estar conversando com sua irmã.

Estrutura do golpe e prisões

Por meio de análises cibernéticas e financeiras, a polícia de Minas identificou que os valores foram enviados para a conta de uma mulher de 28 anos, residente em Trindade (GO). Ela foi presa em flagrante e confessou ter emprestado sua conta bancária em troca de 10% do valor de cada golpe aplicado.

A partir dessa primeira prisão, os investigadores desarticularam o esquema interestadual de estelionato eletrônico, identificando o DJ como líder do grupo. Uma mulher de 26 anos, apontada como articuladora das fraudes, também foi presa na ação.

De acordo com as apurações, o DJ usava suas redes sociais para recrutar seguidores interessados em ceder contas bancárias para o recebimento de valores ilícitos, mediante comissões. Ele também promovia rifas virtuais ilegais, o que configura contravenção penal de jogo de azar.

Já a mulher de 26 anos atuava na logística do grupo criminoso, recolhendo o dinheiro sacado pelos intermediários e repassando aos líderes. As investigações apontam que os valores obtidos eram distribuídos entre diversas contas bancárias, configurando lavagem de dinheiro, com o intuito de ocultar a origem ilícita dos recursos.

Bloqueio e continuidade das investigações

A operação cumpriu três mandados de prisão temporária, cinco de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de 21 contas bancárias. Durante o cumprimento das ordens judiciais, aparelhos celulares foram apreendidos para análise.

Os suspeitos foram encaminhados às unidades prisionais de Goiás. As investigações continuam com o objetivo de identificar outros integrantes da associação criminosa e possíveis vítimas, bem como rastrear os valores movimentados.

Segundo o delegado Rafael Gomes, responsável pelas investigações, a Operação Falsa Frequência demonstra a eficiência da investigação financeira e da cooperação interestadual entre as Polícias Judiciárias de Minas e Goiás.

A PCMG reforça o alerta à população para que verifique cuidadosamente qualquer solicitação de transferência financeira recebida por aplicativos de mensagem, confirmando a identidade do solicitante antes de realizar qualquer operação.

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