Desaceleração

Dois anos após 1º caso confirmado, BH vive menor incidência da Covid

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
16/03/2022 às 11:55.
Atualizado em 16/03/2022 às 12:39
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Há dois anos, Belo Horizonte confirmava o primeiro caso de Covid-19. Uma mulher, de 34 anos, foi a número 1 de 353.480 contaminados pelo coronavírus na capital mineira desde então. Na cidade, a doença também foi responsável pela morte de 7.560 pacientes até a manhã desta quarta-feira (16). Os dados são do boletim epidemiológico divulgado diariamente pela Secretaria Municipal de Saúde da PBH. 

Desde aquele 16 de março de 2020, Belo Horizonte passou por períodos de restrições. A primeira delas foi decretada dois dias depois do primeiro caso, quando o prefeito Alexandre Kalil (PSD) assinou decreto que suspendia atividades em estabelecimentos comerciais, casas de shows e espetáculos, lojas, cinemas e teatros, além de clubes de lazer, academia, clínicas de estética, bares e restaurantes. 

Durante parte destes últimos dois anos, o belo-horizontino teve à disposição apenas estabelecimentos considerados essenciais, como supermercados, padarias e farmácias.

Flexibilização

O cenário, tempos depois, é diferente e favorável. Diante do avanço da vacinação e depois do recente pico da doença, com recorde de casos registrados causados pela variante Ômicron, a transmissão do coronavírus em BH está constantemente abaixo de 1, índice que indica desaceleração da doença.Nesta quarta, todos os três indicadores que monitoram a pandemia estão em nível verde de alerta.

Tudo isso foi responsável pela tomada de decisões recentes da PBH, que agora libera quase todas as atividades e desobriga, inclusive, o uso de máscara de proteção contra a Covid em espaços abertos. 

“BH teve uma das melhores respostas da pandemia se pensarmos nas outras grandes capitais. A cidade adotou medidas de contenção bem precocemente, no momento oportuno. É uma doença que vem em ondas, então é natural que você tenha momentos de maior aperto das medidas e momentos que você observa afrouxamento, mas obviamente com monitoramento atento”, opina o infectologista e professor da Faculdade Santa Casa BH, Alexandre Sampaio. 

Ainda há restrições

No momento, saunas e velórios em cemitérios municipais ainda seguem com restrições. O primeiro deles, ainda suspenso, segue sem previsão de liberação, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Já os cemitérios, a secretaria informou que “a pasta monitora diariamente o cenário epidemiológico da capital e reforça que os protocolos são revistos e atualizados constantemente”, informou por meio de nota. 

Atividades em ambientes fechados, de acordo com o infectologista, ainda demandam maior atenção, já que há um risco maior de transmissão. "É preciso tomar um pouco mais de cuidado. Temos nesse momento que aprender a conviver com o vírus, mas com atenção, já estamos observando em outros países uma nova subida de casos com a circulação da variante da Ômicron, que tem uma capacidade maior de circulação. Temos que monitorar atentamente”, conclui Alexandre Sampaio.

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