A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) prendeu, na noite dessa quarta-feira (5), dois dos três suspeitos de incendiar um ônibus da linha 634 (Estação Vilarinho/Nova Iorque) na terça-feira (4), no bairro Nova Iorque, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Os suspeitos, de 26 e 20 anos, foram detidos por militares do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) em Justinópolis, em Ribeirão das Neves, também na Grande BH. O terceiro envolvido ainda está sendo procurado.
De acordo com a Polícia Militar (PMMG), a dupla é apontada como autora do ataque ao coletivo. Durante a ação foram apreendidas duas armas de fogo e drogas. Um outro homem que estava com os suspeitos em Justinópolis também foi detido, mas ele não teria envolvimento com o incêndio do ônibus.
Relembre o caso
O ônibus foi incendiado na noite de terça-feira (4), na avenida Lauro Soares, em Vespasiano. Três homens encapuzados, que chegaram em uma motocicleta e a pé carregando combustível, foram os responsáveis pelo ataque.
O motorista relatou à PMMG que os suspeitos estavam armados. Um deles o abordou, apontou a arma e entregou uma carta com ameaças, dizendo: “Não é nada contra você”. Após a ordem para deixar o veículo, o grupo ateou fogo no ônibus.
O incêndio atingiu a rede elétrica, interrompendo o fornecimento de energia, que foi restabelecido pela Cemig durante a madrugada. Equipes do Corpo de Bombeiros controlaram as chamas, e a perícia recolheu a carta deixada pelos criminosos.
Ameaça e investigação
O documento deixado no local é endereçado à juíza da comarca do Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, e faz denúncias sobre supostas violações de direitos dos detentos. A carta é assinada com a sigla “BDM”, que seria uma referência ao “Bonde dos Malucos”.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SETRABH) repudiou o ato criminoso e afirmou confiar na responsabilização dos envolvidos.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) informou que acompanha os desdobramentos do caso, que será objeto de investigação da Polícia Civil de Minas Gerais. A Sejusp ressaltou que o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) aguarda a finalização das investigações para apurar se a ação tem correspondência direta com o sistema prisional. Sobre o Presídio Antônio Dutra Ladeira, a secretaria informou que as instalações de saúde foram reformadas recentemente e que a unidade é regularmente fiscalizada por diferentes órgãos de controle.
A Polícia Civil (PCMG) investiga o caso.