
A queda do viaduto em construção na avenida Pedro I, em Belo Horizonte, não é um caso isolado. Há quase 43 anos, no dia 20 de novembro de 1971, aconteceu uma das maiores tragédias do país.
O elevado Engenheiro Freyssinet, mais conhecido como viaduto Paulo de Frontin, na Tijuca, no Rio de Janeiro, desabou após uma betoneira de 2,5 toneladas, carregando oito toneladas de cimento, tentar atravessar o viaduto em cima do vão da rua Haddock Lobo.
O peso causou a quebra do viaduto formando um ‘V’. Vinte mil toneladas de concreto caíram sobre 48 pessoas, 20 carros, um ônibus e um caminhão que estavam parados em um sinal de trânsito. O acidente resultou na morte de 26 pessoas e 22 feridos.
Caçamba
Também no Rio de Janeiro, a queda de uma passarela na Linha Amarela, no dia 28 de janeiro deste ano, deixou quatro mortos e cinco feridos. A estrutura foi derrubada por um caminhão que trafegava pela via com a caçamba levantada.
Além dessa irregularidade, o veículo não poderia estar circulando na Linha Amarela, porque era maior que o limite permitido para o local, que é de 4,5 metros. Segundo a concessionária Lamsa, que administra a Linha Amarela, o caminhão arrastou a passarela de metal e a derrubou sobre carros, que foram esmagados. Pedestres foram lançados para dentro de um córrego que fica sob a estrutura.
Gameleira
A capital mineira também registrou uma tragédia durante a construção do pavilhão de exposições da Gameleira, onde atualmente há o Expominas.
Segundo informações obtidas no site do Corpo de Bombeiros, a tragédia aconteceu no dia 4 de fevereiro de 1971 e provocou a morte de 69 operários durante o horário de almoço. Mais de cem pessoas ficaram feridas, muitas delas, mutiladas. No dia do acidente, 512 funcionários trabalhavam no local.