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Segunda-Feira,22 de Abril

Duas pessoas são presas em Carangola em operação da PF contra fraudes no INSS

Da Redação
03/07/2019 às 16:35.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:23

(FLÁVIO TAVARES)

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (3), uma operação que investiga a prática dos crimes de corrupção e de fraude na concessão de benefícios previdenciários na Agência da Previdência Social em Carangola, na Zona da Mata mineira.

Foram cumpridos dois mandados judiciais de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara Federal de Manhuaçu, na mesma região. Os presos na operação Virtus - entre eles um funcionário do INSS - foram encaminhados para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) em Juiz de Fora.

De acordo com a PF, após uma auditoria realizada pelo INSS em Juiz de Fora indicar irregularidades na concessão de aposentadorias, uma investigação foi iniciada em janeiro deste ano. Os auditores teriam verificado que, entre 2017 e 2019, cerca de 120 benefícios previdenciários teriam sido concedidos com fortes indícios de fraude. O prejuízo com o pagamento dos benefícios atingiria a cifra de aproximadamente R$ 2,5 milhões.

Benefícios teriam sido concedidos sem agendamento e sem a formalização do processo concessório. Além disso, foi apurado que houve inclusão de falsas contribuições e de falsos períodos de trabalho, na área rural.

Segundo a PF, a operacionalização das fraudes teria contado com a parceria habitual e permanente de um tradicional contador da cidade de Carangola, responsável por captar os clientes interessados em se aposentar e servia de elo entre eles e o servidor do INSS que concedia os benefícios mediante o recebimento de propina.

As pessoas beneficiadas pelas fraudes terão suas aposentadorias revisadas pelo INSS e serão cobradas a ressarcir à União os valores indevidamente recebidos, sem prejuízo da responsabilização criminal cabível, segundo a PF.

O INSS informou que adota as medidas administrativas para a apuração e aplicação das sanções cabíveis. Segundo o órgão federal, com a cessação desses benefícios, haverá uma economia de R$ 41 milhões, considerando que os supostos beneficiários continuariam recebendo as aposentadorias caso a operação não tivesse ocorrido.

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