Durante o confronto que ainda acontece entre parte dos mais de 100 mil manifestantes e a polícia durante protesto na região da Pampulha neste sábado (22), foi registrada uma discussão entre um participante do ato e o tenente-coronel Alberto Luiz, chefe da Comunicação da Polícia Militar de Minas Gerais.
A briga começou depois que manifestantes jogaram pedras contra uma barreira da polícia, que revidou lançando várias bombas de gás lacrimogêneo na direção da multidão, que ocupa quase toda a avenida Antônio Carlos.
Indignado por estar ferido, um dos participantes do ato questionou o tenente-coronel do motivo da polícia estar, mais uma vez, agindo com violência. "Estava todo mundo encostado na cerca e respeitando o bloqueio. Todo mundo viu que os vândalos que agrediram os policiais estavam concentrados do outro lado. Não fiz nada e fui acertado na perna por bala de borracha. Eu não sou vândalo. Vocês policiais são treinados e têm a obrigação de saber identificar quem realmente está errado", disse o manifestante e técnico de enfermagem Antônio Celso, de 37 anos, para o tenente-coronel. Porém, o oficial manteve a versão de que a corporação agiu em legítima defesa.
Além do protestante, pelo menos quatro policiais militares ficaram feridos, assim como três fotógrafos. Uma pessoa foi detida. Entretanto, o número de vítimas e detidos pode ser maior, uma vez que a polícia ainda não teve tempo de fazer a contagem.