O governador de Minas em exercício, Mateus Simões, anunciou nesta terça-feira (17/6), durante o 38º congresso do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a abertura do edital de Parceria Público-Privada (PPP) para construção, equipagem, operação, manutenção e prestação de serviços do HoPE, o Complexo de Saúde Hospitalar Padre Eustáquio, que será erguido no bairro Gameleira, região Oeste de BH.
Edital deve ser publicado nesta quarta-feira (18) e prevê criação de 500 leitos com aporte de R$ 2,57 bilhões em 30 anos - Estado e iniciativa privada - para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Simões, o financiamento virá de recursos do Acordo de Reparação firmado com a Vale pelo rompimento da barragem em Brumadinho.
"O HoPE foi modelado dentro do que existe de mais moderno em práticas e técnicas de uma PPP no mundo, vai permitir 30 mil internações por ano, com mais de 500 leitos e cerca de oito blocos cirúrgicos", anunciou Simões.
O Hospital terá infraestrutura integrada de saúde pública, reunindo cinco linhas de cuidado – oncologia, infectologia, pediatria, hematologia, maternidade e saúde da mulher – e o Laboratório Central de Saúde Pública de Minas (Lacen/MG). A iniciativa busca acelerar exames e procedimentos de média e alta complexidade, proporcionando mais qualidade no atendimento.
Conforme o anúncio, o complexo vai promover ainda a interação do Lacen/MG ao hospital, "otimizando diagnósticos e a tomada de decisões em saúde pública". Entre os benefícios diretos para a população, estão consultas especializadas mais rápidas, acesso aos exames de alta tecnologia e resposta eficiente em situações de emergência, de interesse epidemiológico e de controle sanitário.
Sobre o evento
Durante três dias, o 38ª Congresso do Conasems reúne gestores, profissionais e autoridades no Expominas, em Belo Horizonte, fortalecendo o debate sobre a gestão pública da saúde e a construção coletiva do Sistema Único de Saúde (SUS).
A abertura oficial do evento ocorreu segunda-feira (16), com a participação de representantes dos governos federal, estadual e municipal, como o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.