Em dia de protestos, Zema defende união de governadores pela Previdência; veja o vídeo

Paulo Henrique Lobato
14/06/2019 às 14:22.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:06
 (Paulo Henrique Lobato/Hoje em dia)

(Paulo Henrique Lobato/Hoje em dia)

Um dia após estados e municípios ficarem de fora do relatório do projeto da reforma da Previdência do deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP), Romeu Zema (Novo) fez um lamento - que não deixa de ser também um puxão de orelha - da omissão de outros gestores estaduais sobre o apoio público ao texto que será apreciado no Congresso Nacional.  Alguns governadores, sobretudo do Nordeste, não apoiam a reforma publicamente, embora o estado esteja com as contas negativas, para não perderem eleitores. A omissão no relatório é uma estratégia para que os deputados e senadores não carreguem o ônus sozinhos. "Infelizmente tivemos muitos governadores que não tiveram uma postura mais incisiva, uma postura mais clara em relação à questão da Previdência. Isso fez com que o relator da reforma, os deputados federais pensassem: 'Nós não vamos assumir um ônus ao qual os governadores deveriam estar comprometidos'", disse Zema, nesta sexta-feira (14), durante o Conexão Empresarial, evento que reúne políticos e empresários em Nova Lima. Zema, entretanto, avalia que os governadores vão avalizar a reforma. Ele próprio informou que está conversando com a bancada mineira e que tem confiança de que os amigos de outros estados irão trabalhar publicamente pela reforma da Previdência.  "Então estamos tendo este momento de tensão, mas estou otimista que nós vamos caminhar bem. Estados e municipios serão incluidos nas próximas etapas.Tenho conversado com nossos deputados federais. Esta é a pauta prioritária porque a reforma está num estágio mais avançado", reforçou. Assembleia Legislativa O governador voltou a demonstrar confiança na reforma administrativa do Estado e na inclusão de Minas no programa de recuperação fiscal junto à União. Sem mudanças, alerta, há risco de o pagamento dos servidores deixar do grau de escalonamento dentro do mês seguinte ao trabalhado (herança do governo anterior) para uma situação pior. Para isso, usou um exemplo hipotético: "Numa família onde o chefe ganha R$ 3 mil e gasta R$ 4 mil, ele nunca vai resolver a vida dele se não fizer um ajuste de contas. O Estado de Minas está nesta situação: gastando mais do que arrecada, cerca de R$ 1 bilhão por mês. Se nao fizermos isso, só vamos ter o quadro agravado e, daqui a dois anos, três anos, o funcionalismo vai receber nada no mês. Talvez parcelado em seis meses e não é isso o que queremos". Assista ao vídeo:

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