Em meio à paralisação dos médicos da rede municipal de Belo Horizonte, representantes dos servidores negociam com a Prefeitura nesta quinta-feira (11) para tentar manter a Guarda Municipal nos postos de saúde da capital. Profissionais da saúde realizam uma manifestação em frente à sede do Executivo Municipal.
Os manifestantes levaram faixas reivindicando direitos dos profissionais de saúde, estampando frases como: “Álvaro Damião: saúde sem segurança é adoecimento coletivo! Não à retirada da Guarda nas UBS da PBH”.
Os atendimentos eletivos ficarão suspensos por 12 horas nas unidades de saúde da rede municipal. A mobilização foi deliberada no Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte (CMS-BH) e conta com o apoio do Sinmed-MG e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel).
Diretor secretário do Sindicato dos Médicos de Minas (Sinmed-MG), Marconi Moura afirmou que a paralisação busca pressionar o prefeito Álvaro Damião (União), que garantiu a retirada dos agentes da Guarda Municipal das unidades de saúde até o fim do ano. Além disso, o protesto também se deve a demissões e falta de recursos nos postos.
“Esse ato foi puxado em função da dificuldade de dialogar com a prefeitura. Queremos falar sobre o intenso corte de recursos que está sendo feito nos últimos dias no setor da saúde, o que inclui a retirada da Guarda Municipal dos postos, expondo profissionais e servidores à riscos diminuindo a segurança dos estabelecimentos”, diz.
Segundo Marconi, a colocação da Guarda nos postos de saúde ocorreu em 2023, a mando do então prefeito Fuad Noman, após o caso de duas profissionais que foram agredidas em serviço. O diretor do Sinmed-MG relata que a decisão do ex- prefeito contribuiu para reduzir em 20% a agressão aos servidores.
“Se não chegarmos a um acordo, vamos voltar para o Conselho Municipal de Saúde para discutir com os usuários os próximos passos, mas teimamos a acreditar que a administração pública vai ser sensível e vai nos acolher, sem permitir um retrocesso”, afirma.
Paralisação dos médicos da rede municipal
Médicos de Belo Horizonte decidiram cruzar os braços nesta quinta-feira (11). A paralisação parcial das atividades na rede SUS-BH visa pressionar o prefeito Álvaro Damião (União), que garantiu a retirada dos agentes da Guarda Municipal das unidades de saúde até o fim do ano. Além disso, segundo o Sindicato dos Médicos de Minas (Sinmed-MG), o protesto também se deve a demissões e falta de insumos nos postos.
Procurada pelo Hoje em Dia, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que "respeita o direito à manifestação e ressalta que o município mantém diálogo constante com os sindicatos e com o Conselho Municipal de Saúde".
"Em relação ao redimensionamento de trabalhadores da área administrativa e de estagiários da rede SUS-BH, a ação foi definida somente após um rigoroso estudo e discussão com a categoria e representantes dos sindicatos. A Secretaria Municipal de Saúde atua continuamente no fortalecimento das equipes, tanto que já nomeou 3.834 profissionais aprovados no concurso do Edital 01/2020", diz trecho de nota da PBH.
A PBH afirma ainda que 56 centros de saúde foram totalmente reconstruídos por meio de Parceria Público-Privada (PPP) e entregues à população.
Veja a nota na íntegra
"A Prefeitura de Belo Horizonte respeita o direito à manifestação e ressalta que o município mantém diálogo constante com os sindicatos e com o Conselho Municipal de Saúde.
Em relação ao redimensionamento de trabalhadores da área administrativa e de estagiários da rede SUS-BH, a ação foi definida somente após um rigoroso estudo e discussão com a categoria e representantes dos sindicatos.
A Secretaria Municipal de Saúde atua continuamente no fortalecimento das equipes, tanto que já nomeou 3.834 profissionais aprovados no concurso do Edital 01/2020.
Em relação às estruturas, até o momento, 56 centros de saúde foram totalmente reconstruídos por meio de Parceria Público-Privada (PPP) e entregues à população, ampliando o conforto de usuários e melhorando as condições de trabalho dos servidores. Foram realizadas ainda reformas e manutenções em unidades que, no momento, não fazem parte do contrato de reconstrução via PPP"
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