
Minas já soma 27 casos de febre maculosa, doença infecciosa, transmitida por carrapatos e grave, podendo provocar mortes, com as duas ocorridas em Caeté, na Grande BH. Os óbitos foram detectados após a emissão de laudos pela Fundação Ezequiel Dias (Funed).
Belo Horizonte é a cidade mineira com mais casos este ano: cinco. Na sequência aparecem Itabira (região Central), com quatro, e Santa Luzia (região metropolitana), com três. Os casos e as mortes reforçam o alerta contra a doença.
A enfermidade é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, com duas espécies principais associadas a diferentes quadros clínicos: a Rickettsia rickettsii, que pode causar casos mais graves, e a Rickettsia parkeri, que é mais comum em áreas de Mata Atlântica e geralmente provoca quadros menos severos.
Os sintomas da febre maculosa podem ser facilmente confundidos com outras doenças, o que dificulta o diagnóstico e tratamento precoce. É fundamental estar atento a febre alta, dor de cabeça intensa; dores musculares (mialgia); dores nas articulações (artralgia); náuseas e vômitos.
A recomendação é para que, se for picado e sentir os primeiros sintomas, procure uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibiótico específico e, em determinados casos, pode ser necessária a internação do paciente. A falta ou a demora no tratamento da febre maculosa pode agravar o caso, podendo levar a óbito.
Para prevenção da doença, é recomendado o uso de roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro; o uso de calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas; evitar andar em locais com grama ou vegetação alta; o uso de repelentes contra insetos; e verificar se você e seus animais de estimação estão com carrapatos.