A Justiça de Minas Gerais condenou uma empresa de telemarketing a pagar uma indenização de R$ 5 mil a uma ex-empregada que foi vítima de assédio sexual. A decisão foi divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG).

A trabalhadora, que atuava como atendente, relatou que um supervisor abusava de sua posição para tocar seu corpo sem consentimento, dar beijos demorados em seu rosto e fazer comentários de cunho erótico. Uma testemunha confirmou as acusações, dizendo que ele tocava a vítima e fazia comentários inapropriados sobre sua roupa e aparência.

Apesar de a empresa ter negado as acusações, alegando que a funcionária não usou os canais formais de denúncia, a juíza Ângela Cristina de Ávila rejeitou o argumento. A magistrada destacou que a ausência de registros formais não anula o assédio, pois essas condutas geralmente ocorrem de forma velada, e é comum que as vítimas sintam receio de se expor ou de perder o emprego.

Para a juíza, a empresa é responsável pela conduta de seus representantes e tem o dever de zelar pela integridade física e moral de seus funcionários. Ela concluiu que a companhia falhou em não assegurar um ambiente de trabalho saudável, livre das investidas do chefe.

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