vítima teria roubado posto do empresário

Empresário que matou promotor em BH tem pena aumentada em julgamento por mais um assassinato

Da Redação
Portal@hojeemdia.com.br
08/12/2022 às 15:15.
Atualizado em 08/12/2022 às 15:25
Farah era dono de uma rede de postos de combustíveis (Frederico Haikal/Arquivo Hoje em Dia)

Farah era dono de uma rede de postos de combustíveis (Frederico Haikal/Arquivo Hoje em Dia)

Os dois homens julgados e condenados pela morte do promotor de Justiça Francisco Lins do Rêgo, em 2002, tiveram a pena aumentada em julgamento por outro assassinato. A decisão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) foi divulgada nesta quinta-feira, pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

O julgamento foi retomado pela Justiça mineira, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) favorável ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

A pena do empresário Luciano Farah, dono de uma rede de postos de combustíveis, e do ex-policial militar Edson Souza Nogueira de Paula, que trabalhava como segurança e executou Anderson de Carvalho, passou de 14 para 16 anos.

Anderson foi assassinado, segundo o MPMG, com 16 tiros, em 15 de janeiro de 2002, no bairro Chácaras Campestre, em Contagem, após ser apontado, por testemunhas, como autor do roubo de R$ 390 de um dos postos de combustíveis de Farah. 

O ex-policial, que fazia a segurança do então empresário, foi apontado como um dos atiradores. Dez dias após o crime, a dupla assassinou o promotor de Justiça Francisco Lins do Rêgo, que investigava um esquema de adulteração de combustíveis nos postos de Farah.

Lins do Rêgo foi morto a tiros, aos 43 anos, no dia 25 de janeiro de 2002, no bairro Santo Antônio, na região Centro-Sul, quando ele ia para o trabalho.

Pela morte do integrante do MPMG, Farah e o ex-policial foram condenados, em 2004, pelo Tribunal do Júri. O julgamento foi anulado, mas, em 2009, a dupla foi novamente condenada a penas de 21 e 23 anos de prisão, respectivamente.  

Em 2016, eles foram condenados pela morte de Anderson de Carvalho. Mas, a pedido da defesa, o TJMG anulou todo o processo. Entretanto, o MPMG recorreu da decisão e o STJ determinou a validade do julgamento e autorizou a continuidade na análise dos argumentos apresentados pelo MPMG para aumentar as penas. 

No último dia 6 de dezembro, a 2ª Câmara Criminal do TJMG retomou o julgamento e, além de manter a condenação de Farah e do ex-policial, aumentou a pena dos réus para 16 anos de reclusão.  

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