Engenheiros da TÜV SÜD permanecem em silêncio durante sessão da CPI de Brumadinho

Simon Nascimento
02/05/2019 às 10:26.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:28
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Os engenheiros da TÜV SÜD, que atestaram a estabilidade da barragem da Vale que se rompeu em Brumadinho em 25 de janeiro, permaneceram em silêncio durante reunião na manhã desta quinta-feira (2), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O direito de silêncio foi concedido aos investigados por liminar expedida pelo Judiciário. 

O encontro foi marcado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do legislativo estadual que investiga as causas da ruptura da barragem. Foram convidados a participar os engenheiros Makoto Namba e André Jum Yassuda. O advogado dos investigados, Augusto Botelho, também esteve presente acompanhando os dois clientes. 

Makoto Namba foi o primeiro a ser ouvido pelos parlamentares. Apesar de ter chegado ao horário marcado, André Jum Yassuda entrou posteriormente ao Plenarinho IV, onde ocorreu a sessão. Durante a reunião, os dois funcionários da empresa foram questionados sobre o processo de elaboração dos laudos de estabilidade, o sistema de drenagem da barragem, as minutas do contrato entre a Vale e a empresa. 

Entretanto, a cada pergunta, a única resposta dos engenheiros era o silêncio. “Com todo respeito ao trabalho desta CPI, mas por orientação do meu advogado, vou permanecer em silêncio”, disse Makoto Namba. Participam da sessão os deputados Gustavo Valadares (PSDB), Sargento Rodrigues (PTB), Noraldino Júnior (PSC), André Quintão (PT) e Beatriz Cerqueira (PT). “Infelizmente, o silencio não nos auxilia para apurar as causas e evitar tragédias. Ao longo das investigações, independente da medida de silêncio, continuaremos firmes no nosso trabalho”, disse Quintão, relator da CPI. 

A deputada Beatriz Cerqueira, que pediu a presença dos engenheiros, funcionários da Vale devem ser os próximos a ser convocados na CPI. “O nosso objetivo é apurar as responsabilidades. Já convocamos os sindicatos, testemunhas, órgãos de investigação, representantes do governo de Minas”, informou a parlamentar. 

A sessão teve início às 9h30 e, ao término, o engenheiro dos advogados deverá conceder entrevista à imprensa.

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