Calor e axé

Ensaios de pequenos e grandes blocos dão o tom do carnaval de BH e agitam foliões neste sábado

Rodrigo de Oliveira
rsilva@hojeemdia.com.br
28/01/2023 às 13:39.
Atualizado em 28/01/2023 às 14:25
Ensaio do Havayanas Usadas (Lucas Prates / Hoje em Dia)

Ensaio do Havayanas Usadas (Lucas Prates / Hoje em Dia)

Um dos maiores blocos de Carnaval de Belo Horizonte, o Havayanas Usadas agitou os foliões belo-horizontinos com muito batuque e axé na manhã deste sábado (28) no bairro Prado, região Oeste da cidade. Este é o terceiro ensaio do bloco e outros dois estão previstos antes do desfile oficial, no dia 20 de fevereiro. 

Em 2020, última vez em que houve desfiles antes da pandemia, o Havayanas estima que cerca de 300 mil pessoas seguiram o trio na Avenida dos Andradas, onde o desfile aconteceu. 

O Havayanas é apenas um dos 34 blocos que realizam ensaios abertos hoje na cidade e levam os foliões para as ruas antes mesmo do início oficial do pré-Carnaval 2023, que acontece entre os dias 4 e 17 de fevereiro.

Para a pedagoga Gisely de Oliveira, que esteve em seu primeiro ensaio neste ano, é uma oportunidade para “começar a entrar no clima”. 

“Eu amo a parte dos ensaios, às vezes eu gosto até mais do que os desfiles em si, que ficam muito cheios. Acompanho o bloco há muito tempo e acho os integrantes Peu Cardoso e Rodrigo Boi muito carismáticos. Costumo ir em outros blocos que eles participam”, conta. 

Já a engenheira Thauanni Reis já deixou de ser “apenas uma foliã” há alguns anos e fez questão de tocar um instrumento dentro do bloco. Ela, que nunca havia tocado nada, entrou para os ensaios e já tocou em quatro desfiles do Havayanas. 

“É muito mais emocionante, você curte de um jeito muito mais forte. Começamos a nos preparar por volta de agosto do ano passado, em ensaios fechados, e agora tem sido delicioso fazer os ensaios abertos”, diz. 

Apesar de toda a alegria e expectativa pela volta do cortejo após a pandemia, o vocalista e organizador Heleno Augusto aponta uma situação de “insegurança financeira para a realização do desfile”. 

“Antes, já entrávamos no ano sabendo de onde viriam as verbas para custear o bloco. Hoje, estamos vivendo uma situação inédita e ainda estamos correndo atrás de patrocínios. Não sabemos se vamos alcançar a meta de R$ 150 mil, que o custo médio para a realização de um bom desfile”, explica. 

Para ele, falta uma “manutenção maior do Carnaval por parte do poder público”. 

“As empresas já não estão mais tão ativas como eram antes. Precisamos que a prefeitura melhore neste papel de fomentar a festa e os negócios para que não tenhamos essa indefinição nos próximos anos”, afirma. 

Quer se programar para os próximos ensaios? Então confira as datas e horários em páginas dedicadas a divulgar a programação:

Foliões ensaiam coreografia para apresentar no carnaval (Lucas Prates / Hoje em Dia)

Foliões ensaiam coreografia para apresentar no carnaval (Lucas Prates / Hoje em Dia)

  

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