Ensino a distância forma maioria dos professores

Bruno Inácio
19/08/2019 às 20:24.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:04
 (Lucas Prates / Arquivo Hoje em Dia)

(Lucas Prates / Arquivo Hoje em Dia)

A cada dez futuros professores do Brasil, seis estão se formando na educação a distância (EaD). A expansão, proporcionada pela facilidade das plataformas on-line e o acesso até mesmo por quem mora distante de grandes centros, é tendência. De 2010 a 2017, o crescimento de alunos de magistério com formação não presencial em faculdades públicas e particulares cresceu 156%.

Os números integram estudo divulgado pelo Movimento Todos pela Educação, que fez um retrato das faculdades de Pedagogia e licenciaturas no país. Os dados são os mais recentes disponíveis.

Com o crescimento da EaD, cursos para formação de professores já vinham ganhando destaque nas grades ofertadas pelas faculdades, especialmente Pedagogia, o mais procurado na modalidade. 

Coordenador do projeto “Pensar a Educação, Pensar o Brasil”, da UFMG, Luciano Mendes destaca que futuros profissionais precisam trabalhar formas de dar aulas, para vencer os desafios dos ensinos fundamental e médio em Minas Gerais. “Na universidade, o aluno não aprende apenas a dominar o conteúdo que ele vai ensinar, mas discute também métodos, alternativas de alfabetização, como superar defasagens em determinadas áreas. Isso exige atividades práticas, estágios”, observou. 

Para a coordenadora do curso de Pedagogia do Centro Universitário UniSant’Anna (SP), professora Suzana Soós, cursos a distância oferecem oferta maior da educação e formação de docentes, o que contribui para a melhoria do ensino no país. “O EaD promove mudança importante, de formação de profissionais em localidades afastadas dos grandes centros”. 

O UniSant’Anna oferta graduações em BH. Nos bairros Prado, Santa Efigênia, Centro e Venda Nova, as Faculdades Kennedy e Promove recebem alunos na EaD: 100% on-line ou semipresencial.  

Área chave

Para a presidente-executiva do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, a docência deveria ser tratada como questão chave pelos governos.

“Quando falamos que a maioria dos novos professores sairá de cursos a distância, estamos dando um retrato da educação superior e, ao mesmo tempo, da educação básica”.

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