O escândalo do metanol, com pessoas internadas e mortes após o consumo de bebida alcoólica adulterada, coloca o Brasil inteiro em alerta. Em Minas, as forças de segurança se viram obrigadas a intensificar a fiscalização, resultando na desarticulação de pelo menos oito fábricas clandestinas desde o fim do mês passado, quando os primeiros casos surgiram em São Paulo. As operações no território mineiro resultaram em quase 20 mil apreensões - garrafas vazias que seriam usadas para falsificação e recipientes já com o líquido batizado.
Até o momento, o maior recolhimento foi feito nesta sexta-feira (17), após a descoberta de um depósito clandestino em Belo Horizonte, bem no Centro. Lá, foram apreendidas 15 mil garrafas vazias de marcas conhecidas.
Também nesta sexta houve uma ação policial em Ribeirão das Neves. Um local utilizado para adulteração de bebidas foi desmantelado no bairro Vale das Acácias. A polícia apreendeu diversos compostos químicos e bebidas supostamente adulteradas. O material foi enviado à perícia, que irá verificar se há presença de metanol.
Outros casos semelhantes foram registrados no Barreiro, em Betim e Esmeraldas (Grande BH) e Bom Jesus da Penha (Sul de Minas). Até o momento, pelo menos quatro pessoas foram presas em flagrante. Outros suspeitos, já identificados, seguem investigados.
Contaminações suspeitas em Minas
A mobilização em Minas ocorre em meio a um cenário de alertas nacionais, após 41 casos de intoxicação por metanol serem identificados em outros estados. Oito mortes já foram confirmadas. No território mineiro, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) investiga uma notificação suspeita em Itajubá. Registros anteriores, em BH, Poços de Caldas, Sabará e Açucena, foram descartados.
Recentemente, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, afirmou que Minas não deve registrar casos de intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. Para ele, os estados que já têm casos confirmados são os com mais chances de novos registros.
Atendimento médico imediato
A população deve seguir atenta aos riscos do consumo de bebidas de procedência duvidosa. Em caso de sintomas como náuseas, vômitos, dor abdominal, cefaleia, confusão, vertigem, perda de visão, especialmente quando persistem ou se agravam entre 6 e 72 horas após a ingestão de bebida destilada, é necessário procurar atendimento médico imediato.
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