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Carnaval

Escola de samba mais antiga de BH, Cidade Jardim vai homenagear presidente Lula na passarela

Rodrigo de Oliveira
rsilva@hojeemdia.com.br
Publicado em 24/01/2023 às 08:00.Atualizado em 24/01/2023 às 08:01.

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Cidade Jardim, que tem 72 anos de história e é a escola mais antiga de Belo Horizonte, vai homenagear o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Carnaval 2023. Previsto para acontecer no dia 21 de fevereiro, às 21h, o desfile traz o tema “Sem medo de ser feliz”. 

De acordo com Alexandre Lee, presidente da escola, a homenagem ao petista foi pensada antes mesmo do resultado das eleições e aconteceria “com Lula ganhando ou perdendo nas urnas”. 

“Caso ele perdesse, seria uma forma de mostrar que pelo menos tivemos a esperança de retomar a democracia e melhorar o país. Com a vitória, ficamos mais felizes ainda e a decisão de homenageá-lo se tornou ainda mais especial”, conta. 

Para fazer jus ao presidente, Lee afirma que as principais passagens da vida de Lula serão contadas na passarela. 

“Falar dele é difícil, pois é uma fonte inesgotável de assuntos. Então, escolhemos temas marcantes, como a descoberta do pré-sal em seu governo, representado pela ala dos petroleiros, e a sua história como metalúrgico, com a ala dos operários. Também teremos um carro alegórico em homenagem à Amazônia, que sofreu muito no governo Bolsonaro, e a ala das baianas fará um tributo para Dona Lindu, mãe de Lula”, revela. 

Apesar de não ser filiado a partido algum, Lee aponta que se identifica com a história de Lula e que o PT “representa o povo”. 

“Lula é o maior operário que este país já teve e eu, como homem negro e da periferia, admiro muito isso. Quando ele estava preso fazíamos feijoadas na quadra para receber representantes do partido, foi uma forma de estarmos juntos na luta”, diz. 

Com o tema escolhido, a escola agora luta para arrecadar a verba necessária para colocar o desfile na rua. 

“Não conseguimos verba com a PBH, então estamos nos virando como podemos. Um sindicato doou 500 camisas para vendermos, estamos fazendo feijoadas, doações via pix e até vaquinha online para ajudar”, afirma. 

No fim do ano passado, escolas de samba da capital chegaram a se queixar sobre a falta de subsídio para os desfiles e a PBH informou que o regulamento para a concessão de auxílio financeiro às escolas seria publicado somente em janeiro deste ano. 

Sobre a possibilidade de haver retaliações, o presidente da escola garante que “já sabe que pode acontecer algo, mas a coragem prevalece”. 

“Sei que uma parte mais radical da oposição pode se revoltar, mas é um risco que se corre quando tratamos deste assunto. Porém, não podemos deixar de fazer só por causa disso. O Carnaval sempre foi uma forma de o povo negro e da periferia se manifestar, e é exatamente isso o que estamos fazendo”, arremata.

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