
A Justiça de Belo Horizonte decidiu encerrar, nessa quinta-feira (2), o processo movido pelo empresário Esdras Jônatas dos Santos para retomar o acampamento antidemocrático na região Oeste de BH, após ele desistir da ação. O pedido de "justiça gratuita" também foi negado e o empresário terá que arcar com as despesas do processo..
Esdras havia recorreu aos tribunais para solicitar o direito de retomar o ato na avenida Raja Gabaglia, em frente à sede da 4ª Região Militar do Exército, depois da prefeitura desmontar o acampamento. A medida da PBH ocorreu um dia após um fotógrafo do Hoje em Dia ser agredido no local. O empresário alegava que a ação impedia a "garantia do seu direito de manifestação".
Ainda no documento, o magistrado negou outro pedido da prefeitura, que pediu a condenação de Esdras por litigância de má-fé.
A PBH alega ainda que Esdras tentou "eleger a via inadequada do mandado de segurança na primeira instância para conseguir decisão que tentasse desafiar a autoridade da Corte Constitucional (afastando a obrigação de não praticar atos antidemocráticos), perseguindo, assim, a finalidade de burlar decisões do Supremo Tribunal Federal no exercício da jurisdição constitucional".
Desmonte
O acampamento foi desmontado por equipes da Guarda Municipal e da BHTrans em 6 de janeiro, após um fotógrafo do Hoje em Dia ser agredido covardemente pelos manifestantes antidemocráticos no dia anterior. Na ocasião, novas agressões contra jornalistas foram registradas.
Foram recolhidos cones, placas de sinalização, banheiros públicos e barracas com alimentos e bebidas, que não possuíam alvará.
O grupo ocupava o local desde 30 de outubro, data do segundo turno das eleições que deram a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles questionavam o resultado do pleito e pediam por intervenções militares.