Estrangeiros dão cartão vermelho aos táxis na Copa

Letícia Alves - Hoje em Dia
Publicado em 10/07/2014 às 07:50.Atualizado em 18/11/2021 às 03:19.
 (Samuel Costa)
(Samuel Costa)

Uma corrida de táxi da região da Pampulha, próximo à UFMG, até o bairro Jaraguá, daria em torno de R$ 15, mas a suíça Sarah Weber, de 25 anos, desembolsou R$ 45 na passagem dela por Belo Horizonte durante a Copa. “Me informei antes e disse que o caminho estava errado, mas ele continuou o trajeto, passando pelo bairro Boa Vista”, conta.

Situações como a de Sarah são a principal reclamação de turistas que visitaram Belo Horizonte e outras 11 cidades-sede para acompanhar a Copa, aponta levantamento feito pela Proteste, entidade civil de defesa dos direitos dos consumidores.

“Eles aproveitam que a gente é estrangeiro e fazem passeio turístico”, reforça a argentina Nuria Lopes, de 19 anos.

O taxista Edson Marcos Souza, de 52 anos, diz que não cobra valores diferenciados dos turistas, mas admitiu que a prática é comum. “Toda classe tem bons e maus profissionais”.

Nascido nos Brasil, mas radicado nos EUA desde a infância, o militar Maurício Lima, de 42 anos, resolveu se comunicar em inglês com o taxista ao sair do aeroporto do Galeão, no Rio. “Ele disse para não me preocupar e não ligou o taxímetro. No final, a corrida que era para dar cerca de R$ 50 acabou em R$ 230. Quando comecei a falar português ele se assustou. Só paguei R$ 50”.

A falta de uso do cinto de segurança e o uso do celular ao volante engordam o hall de reclamações dos estrangeiros, ainda de acordo com a pesquisa da Proteste, que fez corridas-teste em várias capitais para avaliar o serviço prestado ao turista.

Sebastião Carvalho da Silva, motorista de táxi há 30 anos, diz que não consegue ficar sem falar ao celular. “Coloco no bluetooth e isso não desvia minha atenção. É como ouvir uma música”, garante, ignorando o perigo e a infração cometida.

Tarifas regulamentadas

Além de fixadas nos táxis, as tarifas do serviço podem ser conferidas no site da BHTrans, onde é possível simular o valor da corrida. A bandeirada custa R$ 4,20 e o quilômetro rodado é R$ 2,58 na Bandeira 1 e R$ 3,10 na Bandeira 2.

Cobranças divergentes e outras ocorrências contra o serviço de táxi podem ser encaminhadas à Central de Relacionamento da BHTrans, por meio do telefone 156. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, todas as denúncias são investigadas e o serviço é regularmente fiscalizado.  

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