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Estudo aponta o tempo que duram nossos sentimentos

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
Publicado em 30/11/2014 às 09:45.Atualizado em 18/11/2021 às 05:12.
Se a tristeza chegar, esqueça a raiva e o desespero, engula o choro e espere. É o melhor que se tem a fazer, mesmo porque, de que adianta sofrer (mais) se ela tem prazo de validade? Pesquisadores belgas descobriram o quê, no fundo, no fundo, ninguém gostaria tanto de saber: a sensação experimentada quando estamos tristes é a mais longa entre as 28 mais comuns vividas por nós.
 
Ao todo, são nada menos que 120 horas, ou cinco compridos e pesarosos dias, mergulhados num profundo sofrimento. Líder isolada na lista das que têm maior vida útil, a tristeza fica à frente do ódio, que passa em 60 horas, da culpa, que vai embora em três horas e meia, e até da alegria, que dura, infelizmente, apenas um dia e meio (35 horas).
 
Na explicação de Philippe Verduyn e Saskia Lavrijsen, autores do trabalho desenvolvido na Universidade de Leuven, o motivo é simples. É que a tristeza, segundo eles, anda, não raras vezes, de mãos dadas com acontecimentos de maior impacto, e que, portanto, exigem mais de quem lida com a situação para compreen-dê-la e, assim, aceitá-la.
 
Para as emoções que duram menos tempo – como é o caso do desgosto, da vergonha e do medo, por exemplo – razão semelhante explicaria a rapidez com que passam. Sendo elas, teoricamente, menos importantes, exigem também menos esforço e recebem menos atenção em relação às demais. Dessa forma, perturbam por menos tempo e acabam ficando na parte de baixo da temida lista.
 
Fatores múltiplos
 
A psicóloga Sheila Almeida, do Centro Universitário Newton Paiva, em Belo Horizonte, alerta, no entanto, para uma série de outros fatores que explicariam melhor o porquê de a tristeza fazer mais estrago do que a culpa, por exemplo, que em pouco mais de três horas já passou.
 
“Há fatores bioquímicos, ligados à captação de hormônios pelo nosso cérebro, sociais, que se relacionam à não aceitação dos sentimentos considerados negativos pela sociedade, e ainda os motivos individuais, que determinam, dentre outras coisas, a intensidade da tristeza sentida e a maneira como cada pessoa passa por ela”, detalha.
 
Trocando em miúdos, pode até ser que a tristeza dure 120 horas, o que não significa, porém, que exista uma fórmula para explicar os motivos, tampouco para ensinar como passar pela “provação”.
 
“É difícil mensurá-la. É fato que todos a sentem, mas a forma como cada um lida com isso, chamada de resiliência, é muito variável. É a capacidade de tolerância à frustração”, detalha a psicóloga.
 
Mas há dicas, claro, para enfrentar o problema. O ideal, explica Sheila, é que a pessoa aprenda a desenvolver competências emocionais para se fortalecer diante das situações que impõem tristeza. Fique atento aos cinco fatores (ao lado) que podem ajudar a reverter o quadro e mandar, de vez, a tristeza para outro lugar na tabela.
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