Ex-delegado acusado de matar adolescente vai a júri popular

Hoje em Dia
Publicado em 19/05/2014 às 14:45.Atualizado em 18/11/2021 às 02:38.
O ex-delegado Geraldo Toledo, que foi indiciado pela morte de A.L, de 17 anos, vai a júri popular, conforme divulgação da assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) na tarde desta segunda-feira (19). Porém, a data do julgamento ainda não foi definida pela juíza Lúcia de Fátima Magalhães, de Ouro Preto, região Central de Minas.
 
Atualmente, o réu está detido na Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele está recluso em uma ala específica para ex-agentes de segurança.
 
Entenda o caso
 
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra o ex-delegado, que irá responder por homicídio duplamente qualificado motivo torpe, dissimulação e fraude processual. Além dele, outras cinco pessoas, sendo três amigos amigos, a advogada e a ex-namorada de Geraldo Toledo, também foram denunciadas por fraude processual. A advogada e a ex-namorada ainda irão responder por falso testemunho.
 
De acordo com a promotora de Justiça Luiza Helena Trócilo Fonseca, o inquérito policial apresenta indícios suficientes da autoria do crime e, além disso, o denunciado procurou impedir que a verdade aparecesse, obstruindo a produção de vestígios e provas. "A vítima caiu em uma pérfida armadilha preparada de forma dolosa e finalística pelo denunciado, o que deixa efetivamente evidenciado a torpeza do motivo que resultou no lamentável e trágico crime", disse a promotora de Justiça.
 
Em nenhum momento, o ex-delegado confessou o crime e ainda insiste na versão de que a ex-namorada teria atirado contra a própria cabeça.
 
O crime
 
A.L foi baleada na cabeça no dia 14 de abril de 2013, em Ouro Preto, na região Central do Estado. Na data, testemunhas informaram que o ex-delegado e a garota teriam discutido dentro do carro do Geraldo Toledo momentos antes de ela ser ferida.
 
Segundo a Polícia Civil, essa não foi a primeira vez que o ex-delegado teria agredido a jovem. Conforme a assessoria de comunicação da corporação, em março também do ano passado, Geraldo Toledo chegou a ser indiciado pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente por agressão contra a jovem.
 
Já em 2011, Geraldo de Toledo foi detido em São Joaquim de Bicas. Ele também é investigado pela Corregedoria da Polícia Civil por receptação de veículos roubados e formação de quadrilha, mas respondia em liberdade. 
 
A.L, de 17 anos, morreu na noite do dia três de junho de 2013, após ficar 51 dias internada no Hospital Pronto-Socorro João XXIII. A causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória. 
 
O corpo da adolescente foi velado e enterrado no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete, também na região Central de Minas.
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