
Acusada de encomendar um assassinato, a ex-prefeita de Santa Luzia, Roseli Pimentel, negou qualquer participação na morte do jornalista Maurício Campos Rosa - morto a tiros em agosto 2016. Nesta segunda-feira (8), ela é julgada em Belo Horizonte pela morte do homem, que era dono do jornal "O Grito". Durante depoimento, Roseli chorou várias vezes.
Ela começou a ser ouvida por volta de 13h. Segundo a ex-prefeita, durante sua gestão, a prefeitura não tinha contrato com a empresa do jornalista, mas o prefeito anterior - que havia falecido - teria um acordo para publicações no jornal.
De acordo com o Ministério Público, dias antes do assassinato, Roseli Pimentel teria sofrido ameaças da vítima. Ainda conforme a acusação, ela teria desviado R$ 20 mil para encomendar o assassinato. Roseli também negou o desvio dos cofres públicos de Santa Luzia.
Ao ser questionada, disse que ficou sabendo da morte de Maurício Rosa após ligação do ex-marido, que tinha ouvido a notícia sobre o crime em uma rádio.
O julgamento começou nesta manhã e deve se estender durante todo o dia. Além da sentença da ex-prefeita, outros quatro réus devem ter as decisões definidas ainda hoje. Os outros três envolvidos no crime serão julgados na quarta-feira (10).
Assassinato
Conforme o processo do MP, Maurício Campos Rosa estava envolvido na campanha de Roseli para a Prefeitura de Santa Luzia e descobriu irregularidades. Ele passou a cobrar da ex-prefeita para não divulgar o caso. O homem foi morto no bairro Frimisa, após ser atingido por cinco tiros.
Em setembro de 2017, Roseli foi presa preventivamente, mas conseguiu reverter para prisão domiciliar, com o uso de uma tornozeleira eletrônica.
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