Ex-presidente da Vale será o primeiro a ser ouvido na CPI de Brumadinho; depoimento será na quinta

Da Redação*
18/03/2019 às 14:19.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:51
Os desembargadores do TRF-6 concluíram que não havia evidências de que Schvartsman tivesse conhecimento dos riscos de falha na barragem ou tivesse sido negligente (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os desembargadores do TRF-6 concluíram que não havia evidências de que Schvartsman tivesse conhecimento dos riscos de falha na barragem ou tivesse sido negligente (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ex-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, será o primeiro a ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga o rompimento da barragem de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O executivo foi convocado a prestar esclarecimentos aos senadores nesta quinta-feira (21), às 9h. 

Designado pelo Conselho de Administração da Vale para o cargo de diretor-presidente da empresa em abril de 2017, Schvartsman acabou afastado do cargo no dia 2 de março deste ano por recomendação do Ministério Público e da Polícia Federal. A força-tarefa que investiga o crime ambiental orientou, além de seu afastamento, que o ex-presidente e outros oito funcionários fossem proibidos de entrar nos prédios ou instalações da mineradora enquanto durarem as investigações.

Na época do afastamento, Fábio Schvartsman divulgou uma carta afirmando que vinha se dedicando a uma apuração independente dos fatos ocorridos em Brumadinho e que estava atendendo a  todas as demandas da imprensa e das autoridades. O atual presidente interino da mineradora, Eduardo Bartolomeo, também foi convocado a dar explicações, mas a data do depoimento ainda não foi agendada.

O rompimento da barragem B1 aconteceu no dia 25 de janeiro, por volta do meio-dia, quando a barragem da Mina do Córrego do Feijão, da mineradora Vale, se rompeu em Brumadinho. Até agora, já foram identificados os corpos de 206 vítimas e outras 102 continuam desaparecidas no local da tragédia. 

O Hoje em Dia procurou a assessoria de imprensa da Vale, que informou que não está acompanhando a agenda do ex-presidente desde que ele foi afastado do cargo e que, por isso, não iria se manifestar sobre a convocação do mesmo para a CPI. 

(*Com Agência Brasil)

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