(Flávio Tavares)
Pendurado na parede, o antigo relógio marca a hora do desastre: 16h36. Sobre a mesa, xícaras, café e um crucifixo. Na mesma sala, um tear, cadeiras e uma TV. Poucos passos à frente, em outro cômodo, a devastação. Lama por todos os cantos e vários utensílios domésticos destruídos.
O “antes e depois” da tragédia, em um casa cenográfica de Bento Rodrigues, pode ser visto em mostra do Corpo de Bombeiros, iniciada ontem em Belo Horizonte. A exposição “Paisagens que transformam” ainda apresenta fotos do trabalho de resgate e equipamentos utilizados pelos militares durante as buscas e salvamentos.
Coordenador da mostra, o sargento Wagner Augusto explica que a proposta tenta recriar nas pessoas parte do sentimento vivido pelos moradores atingidos que perderam tudo. “O visitante sai de um ambiente extremamente acolhedor, na primeira sala, e logo de cara se depara com a destruição. Para as pessoas que viveram essa tragédia, infelizmente, foi assim, de uma hora para outra”.
Aluna do sétimo período de jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Luana Barros, de 22 anos, também participou da iniciativa. É dela uma das fotos no mural colocado na parede. Para a jovem, essa é uma oportunidade das pessoas “estarem em primeira pessoa diante do desastre”.
Escolas públicas e particulares também podem organizar visitas. Segundo os Bombeiros, oficinas de primeiros-socorros serão oferecidas aos alunos. A exposição pode ser vista até 17 de junho, no Museu dos Militares Mineiros (rua Aimorés, 698, bairro Funcionários). A entrada é gratuita.
Além da mostra, a corporação organiza hoje e amanhã um seminário sobre o tema em uma universidade da capital. Mais informações no site bombeiros.mg.gov.br.
(Flávio Tavares)
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