Cachaça adulterada com aditivos químicos era produzida em fábrica clandestina em Sabará (Polícia Civil / Divulgação)
Uma fábrica clandestina de bebidas foi fechada nessa terça-feira (3) após operação da Polícia Civil em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte. No local, havia 20 mil litros de cachaça irregular rotulada como “corotinho”, que seria embalada para ser enviada a revendedores. Um homem, de 43 anos, responsável pelo local, foi preso em flagrante.
Segundo a corporação, a cachaça era de “baixa qualidade” e fabricada em condições de pouca higiene. A bebida recebia aditivos químicos, entre eles corantes para dar sabor e cheiro ao produto. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) acompanharam a ação.
Em coletiva nesta quarta-feira (4), a Polícia Civil detalhou as investigações. O homem preso admitiu que fabricava o material e vendia para revendedores ao preço de R$ 1,90. Aos consumidores, o produto era comercializado, em média, a R$ 4,50.
Segundo o delegado Francis Diniz Guerra, as investigações seguem para identificar revendedores. “É um produto altamente nocivo. Tentaremos identificar possíveis pontos de vendas. Comerciantes que estão em posse das cachaças adulteradas estão sujeitos a serem presos em flagrante”, alertou.
À polícia, o homem, que mora com a esposa e seu filho, de 15 anos, admitiu que falsificava produto há oito anos. Apesar disso, ele negou revelar nome de fornecedores e revendedores. Os produtos carregavam rótulos de fazendas do Norte de Minas, contudo sem certificação dos órgãos competentes.
O Mapa e IMA coletaram amostras da cachaça e vão determinar quais aditivos químicos eram utilizados para adulteração do produto.
Qualidade
A Polícia Civil reforça que todas as cachaças autorizadas devem conter o selo do Mapa. O órgão é responsável por registrar e cadastrar os produtos. “Existe uma preocupação. É importante verificar. É um barato que pode sair caro”, finaliza o delegado Francis.
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