Faculdades, empresas e Crea-MG unem esforços para enfrentar escassez de engenheiros no mercado
Iniciativa busca discutir estratégias para enfrentar falta de profissionais e ampliar a cooperação entre universidades e empresas

Estratégias para enfrentar a escassez de profissionais qualificados na área da Engenharia são debatidas nesta quarta-feira (15) no seminário “Conexões que Transformam”, na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG). Um dos objetivos é ampliar a cooperação entre instituições de ensino e empresas. A programação vai até 17h, com mesa-redonda, painéis, palestras e atividades de networking.
Segundo o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), de 2015 a 2023, o número de universitários matriculados em faculdades da área de engenharia recuou 25%, passando de pouco mais de 1 milhão para 763 mil. De cada 100 ingressantes, apenas 35 se formam; Desses, somente 40% solicitam registro nos conselhos regionais de Engenharia para atuar na área de formação.
Para o conselheiro do Crea-MG pela Faculdade Kennedy, Pedro Alcântara, o cenário é preocupante. “Parece que a sociedade perdeu o interesse pela Engenharia. (...) Por isso, estamos focados nesse desenvolvimento, para melhorar o setor. Vamos trazer empresas e escolas para se unirem e divulgarem a importância da profissão”, afirmou.
Valéria Oliveira, coordenadora dos cursos de Engenharia das Faculdades Kennedy, considera que o seminário é importante para atrair novos profissionais e fortalecer o mercado de trabalho.
“O mercado está demandando muito, porque quando a gente tem um crescimento econômico, temos uma demanda muito grande de profissionais da Engenharia. Eos jovens de hoje não estão atraídos para seguir carreira na profissão. O evento foi pensado justamente para pensarmos juntos, empresas e escolas, em soluções para como atrair esses jovens”, destacou.
Adriana Tonini, presidente da Associação Brasileira de Educação e Engenharia e ex-professora da Faculdade Kennedy, considera que o Brasil passa por um momento crítico nas áreas tecnológicas.
“O país precisa de investimento nas áreas tecnológicas, e um potencial é a formação de alunos no curso de Engenharia. Estamos tendo a falta de interesse dos jovens por essas áreas de conhecimento porque eles têm um leque de formações e um bombardeio na internet que atrai para outras áreas de conhecimento”, disse Tonini.
Encontro Universidade–Empresa para Networking
Outro destaque do seminário é o espaço Encontro Universidade–Empresa para Networking, no hall do auditório S1. A atividade prevê a apresentação de portfólios de instituições de ensino superior, além de rodadas de diálogo com empresários sobre demandas do mercado e possibilidades de convênios, estágios e cooperação técnica.
Leia mais: