Falta de profissionais causa fechamento de 12 leitos no hospital Júlia Kubitschek, dizem deputados
Estado decretou situação de emergência devido ao aumento dos casos por doenças respiratórias

A falta de profissionais tem prejudicado o funcionamento do Hospital Júlia Kubitschek, em Belo Horizonte. Segundo deputados da Assembleia Legislativa, 12 leitos do CTI adulto estão desativados devido à situação.
Na última sexta-feira (2), o Governo de Minas decretou situação de emergência em razão do aumento dos casos de doenças respiratórias. Nesta segunda-feira (6), os parlamentares visitaram o hospital com a Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Durante a visita, a comissão constatou, na Unidade Neonatal, que 10 leitos de terapia intensiva contam com apenas sete técnicos de enfermagem por plantão, quando seriam necessários nove, conforme avaliação dos deputados. Dos 40 leitos do CTI adulto, apenas 28 estão em funcionamento.
Também foi constatado que, das sete salas do centro cirúrgico, apenas três estão ativas, enquanto quatro permanecem desativadas. Em uma das salas, técnicas de enfermagem relataram que os quatro profissionais se desdobram ao máximo para administrar a medicação prescrita por cinco médicos.
No ambulatório de pneumologia, a média de 80 atendimentos diários, distribuídos entre manhã e tarde, foi reduzida pela metade. Além disso, os atendimentos já não são realizados em todos os dias da semana e nos dois turnos, segundo relatos de servidoras do local. A causa, segundo elas, seria a aposentadoria de médicos, sem a devida reposição dos profissionais.
Falta de interesse de concursados pelas vagas
Sobre os problemas de pessoal identificados, a diretora-geral do hospital, Cláudia Andrade, afirmou que diversas convocações de médicos concursados, da seleção homologada em julho do ano passado, têm sido feitas. No entanto, a Fhemig tem enfrentado dificuldades para preencher as vagas devido à falta de interesse dos aprovados em assumir os cargos.
Já a seleção para a área de enfermagem, segundo Cláudia, foi homologada em fevereiro deste ano, e os aprovados já estão sendo convocados. A expectativa é de que as escalas de trabalho completas sejam restabelecidas em até 60 dias.
A equipe do Hoje em Dia entrou em contato com a Fhemig, responsável pelo hospital, e aguarda retorno.