Família de bebê que nasceu com doença rara pede ajuda para transplante

Tatiana Lagôa
tlagoa@hojeemdia.com.br
20/02/2017 às 22:29.
Atualizado em 16/11/2021 às 00:38

Quem vê o bebê risonho e bochechudo, com quase oito quilos aos cinco meses, não imagina a guerra que ele tem travado para sobreviver. Pedro Henrique Janneu Moreira tem aganglionose, doença rara que impede o funcionamento do intestino e acomete um a cada cem mil nascidos. 

Internado no hospital Sophia Feldman, na região Norte de BH, o pequeno espera a liberação de um transplante e doações para que ele e a família possam seguir a vida. Da necessidade cada vez mais urgente em fazer o procedimento surgiu a campanha “Salvem o Pedro Henrique”.

O caso dele é semelhante ao do garoto Matheus de Oliveira, que também tem uma complicação no intestino. Matheuzinho, após intensa campanha que comoveu o país inteiro, conseguiu ser operado nos Estados Unidos e segue em recuperação. 

Histórico
A doença foi descoberta logo nos primeiros dias de vida de Pedro Henrique. A mãe, Célia Carolina Janneu, de 29 anos, já tinha uma filha, Ester, de 11, com uma complicação mais branda no intestino. 

A possibilidade genética de o sofrimento se repetir existia, mas, em busca de realizar o sonho de ter mais um filho, ela planejou a segunda gravidez. 

“Passei os nove meses da gravidez com medo de o Pedro ter o mesmo problema no intestino. Quando ele nasceu, vi que a angústia ia começar”, conta, aos prantos, a mãe do menino.

Segundo o pediatra Felipe Dutra, que acompanha o caso, o que ocorreu tanto com Ester quanto com Pedro Henrique foi uma ausência de gânglios, que seriam os responsáveis pela movimentação do intestino. Mas, ao contrário da irmã, que teve a anomalia em apenas uma pequena porção do órgão, Pedro tem em quase todo o intestino. Na prática, isso significa que ele não consegue se alimentar sozinho nem se desenvolver. 

A única alternativa é o transplante do órgão, que deverá ocorrer em São Paulo. O próprio hospital tem ajudado com os trâmites para a liberação do recurso.

O pai do bebê, Neydivaldo de Sousa Moreira, de 37 anos, lembra que o custo vai além do tratamento. Célia deixou de trabalhar para cuidar do bebê. E o salário dele, que é vigia em um supermercado, é insuficiente para arcar com as despesas da casa. Nesse contexto, toda doação é bem-vinda. “Fizemos a campanha porque precisamos muito de ajuda. E as pessoas têm sido muito generosas”, afirma.

Quem tiver interesse em ajudar a família pode encontrar detalhes na página do Facebook “Salvem o Pedro Henrique”; as doações são recebidas também no hospital Sofia Feldman

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