Protesto

Famílias acampam na porta da PBH para cobrar pagamento de auxílio emergencial

Ana Paula Lima
apaula@hojeemdia.com.br
19/07/2022 às 13:28.
Atualizado em 19/07/2022 às 14:12
17 crianças pedem o pagamento do auxílio na porta da prefeitura  (Ana Paula / Hoje em Dia)

17 crianças pedem o pagamento do auxílio na porta da prefeitura (Ana Paula / Hoje em Dia)

Acampadas na escadaria da Prefeitura de Belo Horizonte desde ontem, 45 pessoas, entre elas 17 crianças, aguardam para a tarde desta terça-feira (19) um posicionamento do Executivo municipal sobre a retomada de um auxílio de R$ 500. O dinheiro será usado para pagar aluguel.

Por quatro anos, o grupo morou na ocupação Marielle Franco, no bairro Castelo. Em 2020, um incêndio obrigou 33 famílias a deixarem o local.

Desde então, elas vinham recebendo uma ajuda mensal da PBH, atualmente de R$ 500. Mas em julho o pagamento falhou. Sem previsão sobre a data do depósito, ocuparam o espaço em frente ao prédio da prefeitura, na avenida Afonso Pena, para pressionar o poder público por uma resposta. A manifestação é pacífica e monitorada pela Guarda Municipal.

“Precisamos do dinheiro para pagar o aluguel ou seremos despejados”, diz Priscila Nunes Sales, de 33 anos, dona de casa.

Segundo ela, um posicionamento oficial deve sair de uma reunião marcada para às 16h. Se não houver acerto, o grupo vai decidir se mantém o acampamento. Na quinta-feira da semana passada, um protesto no mesmo lugar foi encerrado após o agendamento de uma mesa de negociação para o dia seguinte. O encontro aconteceu, mas o dinheiro não caiu.

O ideal, de acordo com os manifestantes, seria a reversão do abono em auxílio-moradia. “Assim não ficamos nessa indefinição. O auxílio-moradia é continuado. A prefeitura só interrompe quando faz o reassentamento dos beneficiados”, diz Priscila.

O que diz a Prefeitura de BH
Procurada pelo Hoje em Dia, a Prefeitura de BH informou que "as famílias foram atendidas em 2020, e o acordo do auxílio era válido por seis meses. Devido o período de pandemia e vulnerabilidade social, o Executivo ampliou o benefício por 1 ano e 7 meses", alegou. 

"Em junho desse ano a Justiça indeferiu o pagamento e todas as famílias, localizadas pelos técnicos, foram prontamente informadas e orientadas. Alguns beneficiários não foram localizados pois não residiam no endereço informado no cadastro", completou o município.

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