
Mais de 840 toneladas de resíduos foram retiradas da Lagoa da Pampulha, só entre janeiro e julho deste ano. A operação, realizada de forma contínua, inclui limpeza da orla e do espelho d’água com uso de embarcações. São recolhidos garrafas pets, sacolas, vegetação e até restos mortais de animais.
O trabalho é feito de segunda a sexta-feira por cerca de 20 funcionários, com regime de plantão aos fins de semana e feriados. Em média, o volume de lixo flutuante varia de cinco toneladas por dia durante a estiagem a até até dez toneladas no período chuvoso. Apenas nos quatro primeiros meses, aproximadamente 597 toneladas foram recolhidas.
Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a limpeza da lagoa custa cerca de R$ 22,5 milhões por ano. Além do espelho d’água, também são mantidos os equipamentos da orla, como ciclovias, pistas de caminhada, totens de distância e estrutura de drenagem.
Navegação está em estudo, e Marinha aprova condições
A possibilidade de retomar a navegação turística e esportiva na Pampulha voltou à tona este ano. Em maio, o prefeito Álvaro Damião percorreu o espelho d’água e declarou que a represa está limpa e pronta para receber embarcações. O plano é regulamentar os passeios ainda em 2025, por meio de um projeto de lei.
O projeto ganhou força em julho, após uma vistoria da Capitania dos Portos Fluviais de Minas Gerais. A equipe da marinha avaliou toda a extensão da lagoa e considerou a proposta “tecnicamente viável”. O parecer reforça o potencial turístico da Pampulha e reconhece os avanços no controle ambiental e na conservação da represa.
Segundo técnicos envolvidos na vistoria, a retomada da navegação depende agora da regulamentação por parte do município. Um grupo de trabalho intersetorial já discute a criação do marco legal, incluindo regras de segurança, capacitação de servidores e controle das operações.
*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca, com informações da PBH.
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