Apesar das medidas tomadas na tentativa de barrar o avanço da febre amarela em Minas, o número de notificações quintuplicou em apenas três dias. De acordo com o último balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, já são 110 casos suspeitos da doença, sendo 30 mortes. Mesmo com o aumento, a situação segue sendo encarada como um surto.
O primeiro balanço, divulgado no início da semana quando foi confirmado o surto da doença no Estado, contabilizava 23 casos suspeitos e 14 óbitos. A quantidade de municípios na área considerada mais crítica também aumentou, passando de 15 para 21, todos nas regiões de Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Manhumirim e Teófilo Otoni.
Para evitar a proliferação do vírus, as ações têm se concentrado principalmente na imunização dos moradores destas cidades. A prioridade é para as populações de áreas rurais e silvestres, “principalmente para aqueles indivíduos com maior risco de exposição (população de área rural, silvestre, pessoas que fazem turismo “ecológico” ou “rural”, agricultores, extrativistas e outros que adentram áreas de mata ou silvestres)”, informa a secretaria.
Mesmo com uma grande procura por causa da situação, o governo alega que não há falta de vacina contra febre amarela em Minas. “Os municípios devem se organizar para solicitar o quantitativo suficiente para a vacinação seletiva. No entanto, pode haver a falta pontual em alguns municípios, pois alguns não dispõem de estrutura para armazenar grande quantidade da vacina, uma vez que há uma grande procura”, explica a pasta por meio de nota.
VISITA DO GOVERNADOR
Gestores de 153 municípios que ficam nas regiões das cidades que registraram casos da doença participam hoje de um encontro para discutir o combate à febre amarela juntamente com o governador, Fernando Pimentel. Pela manhã, Pimentel vai estar na cidade de Caratinga, no Vale do Aço, e à tarde se reúne com prefeitos e secretários em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.
O governo ainda anunciou que vai criar uma comissão de enfrentamento à febre amarela no Estado. A comissão terá representantes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), Secretaria de Estado de Governo, Secretaria de Estado de Saúde (SES), Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) e Ministério da Saúde.
O objetivo, de acordo com o governo, é definir ações estratégicas de enfrentamento, controle da doença, além de agilidade na assistência e atendimento à população e localidades afetada pelo surto.
Leia também:
Sobe para 30 o número de mortes por suspeita de febre amarela em Minas