
Artesãos da Feira de Artesanato da Afonso Pena, mais conhecida como Feira Hippie, fizeram uma manifestação na porta da Prefeitura de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (20), pedindo o retorno da atividade, que atraía 60 mil pessoas aos domingos. Sem expor desde março, por causa da pandemia de Covid-19, os artesãos pedem uma solução para trabalhar.
Durante coletiva de imprensa nesta tarde, o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, informou que a feira não poderá voltar da forma como a conhecemos – com 2 mil barracas dispostas entre as ruas da Bahia e Guajajaras.
“Nos moldes do que era antes, a feira não vai voltar a funcionar. Temos que estabelecer critérios ainda para que eles voltem a trabalhar de maneira segura e não coloquem em risco o resto da cidade”, afirmou o secretário.
Segundo ele, a prefeitura está analisando possibilidades para resolver o problema dos artesãos. “Tivemos algumas reuniões com representantes da Feira Hippie. A gente já fez protocolo inicial para remeter a eles e existem outras possibilidades que estamos discutindo com a Secretaria de Politicas Urbanas, sobre locais de funcionamento e disponibilização de espaço, para expor os produtos”, explicou Machado.
Enquanto isso, os consumidores da Feira Hippie podem encontrar os produtos feitos pelos artesãos pela internet. O perfil @falafeiraoficial, do Instagram, mostra produções de diversos feirantes.
A feira nasceu na Praça da Liberdade e, aos poucos, ganhou reconhecimento dos belo-horizontinos, precisando migrar para a principal avenida do Centro da capital para dar conta da demanda. Realizada aos domingos, ao lado do Parque Municipal, desde 1991, a Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades da Avenida Afonso Pena ganhou 16 setores se tornou a maior feira a céu aberto da América Latina.