Professora Soraya

Filho que matou a mãe por dívidas de apostas é indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver

Investigação conclui que Soraya Tatiana foi morta após discussão sobre boletos; penas somadas podem chegar a 60 anos de prisão

Ana Luísa Ribeiro*
aribeiro@hojeemdia.com.br
Publicado em 16/09/2025 às 19:37.Atualizado em 16/09/2025 às 20:05.

O inquérito sobre o assassinato da professora Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, foi concluído pela Polícia Civil (PCMG). O filho da vítima, um ex-servidor do governo estadual, foi indiciado por feminicídio - com aumento de pena pela causa de morte por asfixia da própria mãe -, ocultação de cadáver e fraude processual.

As informações foram dadas nesta terça-feira (16) pela delegada Ana Paula Rodrigues de Oliveira, do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a policial responsável pela investigação, somadas, as penas máximas dos crimes podem alcançar quase 60 anos de prisão.

Dívidas de mais de R$ 200 mil

A delegada detalhou que o inquérito reuniu provas como resíduos genéticos e materiais da professora no porta-malas do carro do suspeito. Foram localizados, por exemplo, fios de cabelos, manchas de sangue e material genético compatível com Soraya no veículo.

Também pesaram no indiciamento boletos e cobranças emitidas em nome da professora sem seu conhecimento, indicando que o filho utilizava o cartão da mãe para pagar gastos pessoais.

Segundo a delegada Ana Paula Rodrigues, o filho da vítima tinha dívidas de mais de R$ 200 mil, principalmente com apostas. Ele e a mãe tinham discussões recorrentes sobre a situação.

Ainda segundo a delegada, não há mais diligências pendentes. O filho da professora está preso preventivamente desde julho e aguarda os desdobramentos judiciais. O Hoje em Dia tenta contato com a defesa do indiciado. Essa reportagem será atualizada em caso de retorno. 

Relembre o caso 

Soraya Tatiana Bonfim França, de 56 anos, professora de História do Colégio Santa Marcelina, em Belo Horizonte, foi encontrada morta em 20 de julho, sob um viaduto em Vespasiano, na Grande BH.

Ela estava desaparecida desde 18 de julho, após avisar que não se sentia bem para não comparecer a uma festa. 

O corpo foi achado com sinais de violência, vestindo apenas a parte superior da roupa, coberto por um lençol e com indícios de queimaduras.

*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca

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