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São João, Santo Antônio e São Pedro. O período das festas juninas chegou e, com ele, a época das quadrilhas, ruas enfeitadas de bandeirinhas, roupas coloridas e comidas típicas. Um detalhe que também chama atenção e encanta o público são os rojões e fogos de artifícios. Mas o barulho provocado por eles pode causar danos à audição, em alguns casos irreversíveis. Os bebês e crianças são as maiores vítimas. Por isso, é preciso alguns cuidados para curtir o festejo sem danificar os ouvidos.
Segundo a fonoaudióloga Marcella Vidal, o principal sintoma do barulho excessivo é o aparecimento imediato de zumbido. "O maior problema é a intensidade de som dos fogos em um curto espaço de tempo. O prejuízo é imediato, se estivermos muito perto. O sintoma mais recorrente é o zumbido, transtorno que atinge milhões de pessoas no mundo", explica a médica da Telex Soluções Auditivas.
Ela orienta que, se depois do estampido dos fogos houver zumbido ou sensação de ouvido tampado, é preciso procurar logo um otorrinolaringologista para avaliar a extensão e gravidade do dano auditivo. "Nesta época de festas juninas há muitos casos de perda de audição unilateral, em apenas um dos ouvidos", reforçou Vidal. Assim como no caso anterior, o médico especialista deve ser procurado imediatamente.
Cuidado com os pequenos
O barulho dos fogos pode atingir mais de 120 decibéis, sendo que o limite seguro de exposição aos sons é de 85 decibéis. As crianças, por serem mais frágeis, devem ser mantidas longe dos ruídos.
"A imaturidade auditiva dos primeiros 18 meses de idade pode fazer com que haja lesão na cóclea – órgão localizado na orelha interna – se a criança for exposta a sons muito altos ou passar muito tempo em ambiente barulhento. Essa lesão pode passar despercebida no momento da festa. No entanto, pode dar início a um processo de perda de audição, uma vez que as células auditivas, quando morrem, não são repostas pelo organismo", explica Vidal, que é especialista em audiologia.
"Irritação e choro são os principais sintomas de que o bebê não está confortável. Deve-se então procurar locais mais tranquilos e manter a voz sempre em baixo volume, para que o bebê fique calmo, estimulando assim a plasticidade do nervo auditivo, que é importante nos primeiros meses de vida", ensina a fonoaudióloga.
Confira abaixo as recomendações da especialista: