(Rede CNN / Reprodução)
O candidato à presidência da República Luís Inácio Lula da Silva (PT) afirmou durante entrevista ao jornalista William Waack, da emissora CNN Brasil, que foi um erro permitir que investigados da operação "Lava Jato" tivessem direito à delação premiada (quando o acusado confessa o delito e contribui para seu esclarecimento, apontando coautore).
Nesse tipo de delação, o delator recebe benefícios que vão desde a redução da pena até o perdão (dependendo da lei aplicável e do acordo).
Lula reconheceu que durante a investigação, aqueles que foram investigados e reconheceram que erraram, pagaram o preço. "O problema foi terem direito à delação", disse o candidato.
Sobre a indicação dos gestores da Petrobrás que foram penalizados durante a "Lava Jato", ele afirmou que "quem indica o presidente da empresa não é o presidente da República, mas o conselho da empresa".
A "Lava Jato" investigou contratos assinados pela Petrobrás para venda de combustíveis. Durante a operação, o ex-presidente da Petrobrás e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi acusado de receber propina da Odebrecht para não prejudicar a empresa em futuras contratações.
"O presidente da Petrobrás tinha mais de 30 anos de concursado na empresa e não havia nada contra ele que fosse alertado pelo conselho da empresa", defendeu Lula na CNN Brasil.
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