Repressão

Força-tarefa em presídios apreende 'droga zumbi' e até celular escondido dentro da parede de cela

Ação em duas penitenciárias da Grande BH contou com 250 policiais penais e de 12 cães do grupamento especializado

Da Redação*
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 09/05/2024 às 14:17.
12 cães do grupamento especializado foram usados na operação (Tiago Ciccarini / Ascom Sejusp)

12 cães do grupamento especializado foram usados na operação (Tiago Ciccarini / Ascom Sejusp)

Pelo menos 145 unidades de drogas sintéticas da família K - que tem sido chamada de 'droga zumbi' - foram apreendidas em dois presídios da Grande BH durante duas operações realizadas nos últimos dias pela Polícia Penal. Neste ano, 13 detentos morreram em duas penitenciárias com suspeita de overdose após consumir a substância ilícita, que pode ser diluída em pedações de papel. 

Durante a força-tarefa, os agentes recolheram outros materiais ilícitos, incluindo dois rolos de papel higiênico que continham as iniciais da letra K. A ação de 250 policiais penais e de 12 cães do grupamento especializado também permitiu a apreensão de 18 celulares, 14 carregadores, nove fones de ouvido, 37 porções de substância semelhante a maconha, 13 de cocaína e 11 de crack.

Um dos cães, o Fergus, participou da operação e sinalizou algo em uma das paredes de uma cela repetidamente. Os policiais penais quebraram a estrutura e encontraram um aparelho celular. Fergus também foi o responsável pela apreensão dos rolos de papel suspeitos. Além dele, Aquilles, Holt, Thanus e Escuridão também foram alguns dos animais que ajudaram nos trabalhos.

“Esse tipo de operação é elaborada com antecedência e requer um trabalho que envolve a expertise de muitos policiais penais, além dos nossos grupamentos especializados. Entrar em unidades do porte do Presídio Antônio Dutra Ladeira e do Presídio Inspetor José Martinho Drumond requer técnica operacional. É preciso retirar todos os presos das celas e colocá-los no pátio, para que depois possamos revistar cada uma das celas. Os 250 policiais penais envolvidos nas duas etapas fizeram um excelente trabalho”, enfatizou o diretor-geral do Departamento Penitenciário, Leonardo Badaró.

Prevenção e Conscientização

Segundo o Governo de Minas, no primeiro sinal de óbito por suposta overdose de drogas K, a direção do Presídio Antônio Dutra Ladeira elaborou uma cartilha e iniciou um trabalho extenso de conscientização com todos os detentos. Desde então, não houve óbitos.

Mais de 21 mil unidades de drogas K já foram apreendidas de janeiro do ano passado até março deste ano. Somente em 2024 – dados até março – foram 9.247. 

Ainda conforme o Estado, a operação é mais uma ação do sistema prisional para enfrentar a circulação deste tipo de droga nas unidades prisionais. As mortes registradas seguem sob investigação.

* Com informações da Agência Minas

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