Operação que investiga um esquema de corrupção no sistema penitenciário em Minas foi deflagrada pelas polícias Federal, Civil e Militar nesta quinta-feira (5). Há suspeitas de participação de servidores púbicos que ocupam cargos de direção dentro da estrutura prisional do Estado.
A força-tarefa cumpre 23 mandados de prisão preventiva, 54 de busca e apreensão e cinco medidas cautelares de afastamento da função pública. De acordo com a PF, as investigações da operação "Panóptico" começaram no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana.
Lá, foi detectada a possível ocorrência de tráfico de drogas, concussão e corrupção passiva, após a apreensão de uma barra de maconha com um preso. Com o detento, também foi encontrado um celular com mensagens e cópias de comprovantes bancários em favor da esposa de um servidor.
Além de Contagem, a operação é realizada em Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa, Ribeirão das Neves e São Joaquim de Bicas, na Grande BH, e Ouro Preto, Patrocínio, Formiga, Francisco Sá e Muriaé, no interior de Minas. Alvos também foram buscados em Mossoró (RN) e em Viana (ES). Participaram dos trabalhos 214 policiais. De acordo com a PF, os autos tramitam em segredo de Justiça.
O Hoje em Dia procurou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) que afirmou, em nota, que está ciente da operação e "trabalha em consonância com a Polícia Federal e com as demais forças de segurança, incluindo a Polícia Penal, para que todo o desvio de conduta identificado e apurado seja punido".